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11 mar 2011 - 16h32

A banda passa e a tristeza fica

Sábado de carnaval. Um dia bom para ficar em casa e descansar. De tarde poderia assistir o jogo do Atlético contra o Arapongas. Transmissão horrível (é impressionante como o Luiz Augusto Xavier narra mal uma partida e como são medonhos os comentários do Gil Rocha). Apresentação bisonha do Furacão, a ponta de levarmos sufoco na etapa complementar. Sufoco mesmo, com bola na trave, gol anulado. Saí de casa à noitinha bastante preocupado com o time.

Quarta-feira de cinzas, expediente de meio-período apenas. À noite fiquei curioso e resolvi assistir uma meia-hora do jogo entre os ervilhas e o ACP. Pra desespero meu, pra raiva e inveja minhas, os xoxas estão inegavelmente com um time melhor que o nosso. Em 10 minutos de jogo os caras criaram 3 oportunidades de gol; as bolas no meio-campo eram disputadas com muita disposição. A sensação de que um gol sairia a qual- quer momento era clara, penso, pra todos os que participavam da partida e para aqueles que assistiam. O xoxa vai levar esse estadual com um pé nas costas. Isso me bota triste pra diabo.

Quinta-feira à noite. Nada de folga. Fui trabalhar. Levei comigo o radinho pra poder saber, depois de terminada a Voz do Brasil, o resultado do jogo. Malutron 1 x CAP 0. Me nego a chamar o time-empresa de ‘timãozinho’. Pro inferno com isso! No meio da aula que eu dava, rapidamente coloquei o fone no ouvido e escutei a narração do gol rubro-negro. Pena que era apenas o tento de empate. E o empate persistiu. Lástima.

***

No sábado rolou, pra mim, a clarividência de que Paulo Baier não pode mais jogar no Atlético. Nem ele, nem Manoel e nem Alê. O primeiro é talentoso, inteligente…nosso artilheiro e maior goleador do Brasileirão na era dos pontos corridos; mas está velho e, consequentemente, envelhece o time do Atlético e o torna frágil. Sem contar que a presença do capitão impede que outros talentos deslanchem dentro do time. Pessoalmente acho que o Branquinho, a despeito de algumas atuações ridículas, poderia render muito, caso Paulo Baier não estivesse no time. O segundo é mercenário. Deslumbrou-se com o sucesso, fez fita pra ganhar mais e só tá fazendo besteira. O Atlético tinha é que vender esse cara e fazer entrar algum no nosso cofre. O terceiro é uma ferida. Fede e atrapalha.

Desgraçadamente vejo um Coxa, no mínimo, encorpado. Temo pelo próximo Atletiba, bem no dia do meu aniversário. Ganhar dos verdes, nessa altura do campeonato, seria um alento, um bom presente, já que, pra mim e pra muitos torcedores do Furacão, esse campeonato regional já era.

Não sei se apenas a dispensa de alguns jogadores será suficiente pra mudar as coisas no Atlético. Também não posso me sentir 100% seguro de que a contratação de algumas peças pode salvar a nossa lavoura, dado que os problemas parecem ser maiores do que a ordem técnica e tática do time (essa discussão acerca da disputa pela presidência, esse nosso tosco diretor de futebol, tudo isso dá a impressão de que o buraco é fundo e que acaba engolindo todo o resto).

O carnaval passou, o ano vai voar a partir de agora e, de modo bem pessimista (mesmo que eu seja otimista), fico temendo a nossa saída da Baixada aliada à um time medíocre e a uma diretoria perdida. Temo que a banda passe e o Furacão vá reviver seus dias de depressão.



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