Um mesmo começo, vários finais
Nos últimos anos a cena vem se repetindo, começamos mal a temporada e, aos poucos, há uma evolução nos resultados e na capacidade técnica do time. Só que esse ano o buraco parece estar mais fundo e as coisas já começam a fugir do controle. Em 2009 nos salvamos de um possível rebaixamento por pouco; já em 2010 passamos longe da parte desesperadora da tabela e disputamos as primeiras posições, e mesmo assim com muitas falhas. Mas até quando o mesmo começo levará ao mesmo final feliz?
Se fosse para apontar aqueles que não têm capacidade técnica para jogar com a camisa rubro negra faltariam dedos nas mãos. Se no ano passado sofremos com a falta de um bom ataque, em 2011 temos problemas em TODAS as posições. Maestro Baier, Madson, Lucas, Guerrón e Kleberson são os únicos que ainda merecem o crédito da torcida, de resto todos nos passam muita insegurança.
Doeu a derrota para o eterno rebaixado no 1° turno; doeu a lamentável atuação atleticana no Acre; doeu o empate com o pequeno Timãozinho em casa. Mas pode doer ainda mais se nada for feito antes que o barco afunde de uma vez. Temos o 2° turno que ainda podemos vencer; a Copa do Brasil que mesmo aos trancos e barrancos estamos na 2° fase; o Brasileirão que não dá nem para pensar em cair e a Sulamericana, uma oportunidade para o Furacão voltar a ter projeção no cenário internacional. E para isso precisamos principalmente de um ELENCO…
Uma das coisas que têm me deixado mais indignada é ver que um time com a estrutura do CAP não tem nem um jovem talento, nem uma promessa de craque. E aí lembro que alguns anos atrás tinham aos montes. E o pior: antigamente não se vendiam nossas joias a preço de banana ou a times nacionais que só esperam por jogadores prontos. A diretoria não abria mão de seus jogadores e muito menos de seus direitos. Havia luta e comprometimento, mas alguns confundiam com autoritarismo de um antigo ditador. Agora as coisas estão como estão… a única explicação direcionada à torcida é: Tenham paciência, estamos trabalhando. Só queremos títulos e um time competitivo, estamos pedindo demais?