Perdi, meu filho!
Desde os tempos de muita luta para poder assistir um jogo, poder comparecer e vibrar com uma vitória; ‘morrer’ de felicidade num 3° lugar nacional em 83 com o time dando espetáculo e angariando torcedores de futebol, ou seria: ‘de bons jogos de futebol’.
Levei amigos, irmãos menores e mais recente filhas e filhos à torcer pelo nosso furacão – ou melhor – levei aos jogos, e, pela influência, não a minha, mas do clube com um time guerreiro, batalhador, vencedor e às vezes medíocre, porém perdoável pelo amor conquistado. Amor este ferido agora pela pouca inspiração que meu clube tem dado de reciprocidade, porém ainda o amo, e por isso a tristeza me invade, de não ter mais ganho aquilo que me fez adorá-lo, de só ver coisas pequenas de quem é tão grande, de não ser mais correspondido. Porém não enxergava isso até poucos dias, quando meu filho de sete anos (só 7) e que levei diversas vezes a arena, e também adora o Atlético, me disse assim: Pai vc sabe que uso o uniforme do Atlético porque só tenho esse, mas estou torcendo pro Santos que joga melhor com o Neymar…
Além da tristeza vivida naquele instante, ‘tive’ de enxergar a realidade – precisamos de time ganhando, sendo bajulado, aparecendo na mídia nacional, com ídolos, com jogos de qualidade, e isso enxerguei, através da debandada do meu filho, que não é possível… tristemente não é possível… Perdi, meu filho.
* Talvez este texto ajude um pouco aos especialistas do clube a entender como ganhar e manter torcedores fiéis para sempre.