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5 abr 2011 - 7h46

Geninho presidente

Mais do que os títulos conquistados, e foi justamente ele quem conquistou o maior título da história do clube, em todas suas passagens Geninho vestiu a camisa rubro negra com amor. Mostrou que não teme a própria morte, quando assumiu um time praticamente rebaixado e com um elenco sofrível, pondo em risco seu status de ídolo assumido com o título nacional em 2001.

Não se trata de atitude comum, Felipão, por exemplo, refutou a seleção brasileira com medo de perder a fama conquistada com o título nacional. Mas Geninho teve coragem e com seu estilo agregador nos livrou do rebaixamento e ainda colocou os coxa no nosso lugar.

Agora em 2011, pisou no seu orgulho e assumiu o time mesmo sabendo que ele, o técnico mais vencedor dos 87 anos do Clube Atlético Paranaense, era a última opção, o quebra galho. Embora tenha saído com 80% de aproveitamento não conseguiu fazer o time jogar como todos gostariam, foi chamado de burro e ultrapassado. Não teve medo de botar o dedo na ferida e alertar a mudança de comportamento da torcida atleticana que passou a jogar contra o time. Disse o que tinha que ser dito. Principalmente, disse com a autoridade de quem bota a cara pra bater pelo Atlético, diferente dos corneteiros e colunistas que o criticaram sem nunca ter feito nada pelo clube.

Geninho não é um estrategista, mas quem disse que esta é a única maneira de ser um grande treinador? Felipão, Muricy e Joel Santana estão ai para provar o contrário. O futebol é mais simples do que todos pensam. Seu estilo de trabalho é na base na camaradagem e da conquista do grupo, o que invariavelmente consegue graças a seu carisma e caráter.

Para deixar ainda mais evidente suas virtudes, basta compará-lo com nosso último técnico (Leandro e Sergio Soares ainda não podem ser considerados técnicos). Paulo Cesar Carpegiani, sem dúvida um técnico vencedor, mas que nos abandonou duas vezes, na última faltando poucas rodadas para acabar o campeonato, e ainda, para ir para o nosso maior rival (o coxa é rival do Paraná) e concorrente direto pela vaga na Libertadores. Para piorar, se vale do poder do econômico dos bambis para assediar nossos jogadores, como fez com Rhodolfo e Guerron.

Enfim, mais do que um treinador vencedor, Geninho é um homem honrado e de caráter. Por tudo isso, deixo meu muito obrigado a Geninho e sugiro seu nome para Presidente nas próximas eleições do clube.



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