Só não atentem contra a Arena da Baixada!
No futebol, são possíveis três resultados: a vitória, o empate e a derrota. No próximo domingo haverá Atletiba na Arena da Baixada. Só a vitória pode dar ao Atlético a alegria de arrancar a invencibilidade do maior rival neste 2011 e a condição de adiar a decisão do título estadual. O empate e/ou uma vitória dos verdes farão com que a taça permaneça lá pelas bandas da Igreja do Perpétuo Socorro.
A concretização de um dos três resultados não será surpresa para ninguém, pois o Atletiba é, historicamente, clássico dos mais equilibrados, diferentemente do que ocorre nos embates travados pela dupla Atletiba contra o atualmente pré-falimentar e combalido Paraná Clube (quase falido, combalido e ameaçado pelo rebaixamento eis que as chamas da segundona paranaense já sapecam as penas da Gralha Azul que é bem capaz de virar um Urubu dada a quentura do fogaréu que atormenta o tricolor).
Em caso de vitória do nosso Furacão, teremos o prazer de cantar a plenos pulmões as odes consagradas pelo povão e que fazem justa homenagem ao único campeão brasileiro da Série A cujo saldo de gols foi negativo (sim, o ‘time’ verde, vizinho do cemitério, em 1985, conseguiu essa façanha e entrou para a história como o pior campeão brasileiro de todos os tempos). Em caso de vitória, teremos o prazer de tirar a famigerada invencibilidade coxa que, de certa forma, virou algo como a virgindade da Angélica no final dos anos 80 – que era comentada aos quatro ventos mas que, depois de perdida, deixou de ser manchete, até porque por onde passa um boi é comum passar uma boiada e foi isso que ocorreu com a citada loira, segundo consta (aliás, a virgindade deixou de ser manchete e a própria Angélica deixou de ser Manchete ao se transferir para o SBT, friso como dado de alto valor histórico e documental).
Voltando. Em caso de vitória do Atlético tudo maravilha, mas o que me preocupa, sobremaneira, é a possibilidade de haver empate ou vitória das paquitas no domingo (porra! Já falei da Angélica, agora falei das Paquitas, nessa toada acabo a coluna citando a Xuxa ou transcrevendo alguma pérola do Sérgio Mallandro).
Mas o que me preocupa é um eventual resultado positivo dos verdes ou, por outra, a forma como nossa torcida reagirá diante de um insucesso atleticano no maior clássico do Estado.
Se houver empate ou vitória dos esmeraldinos (eles se esforçam tanto correndo atrás de nós que deveriam se chamar esmeradinhos), haverá por parte deles festa pelo título e muita provocação contra nós. Faríamos o mesmo contra eles, como fizemos em 18 de Dezembro de 1983 e em 05 de Agosto de 1990 (dentro do Couto), em 11 de Junho de 1998 (no finado Pinheirão) e em 17 de Junho de 2000 e 17 de Abril de 2005 (dentro da Arena da Baixada).
Eles vão nos provocar e eu tenho medo que alguns de nós acabem caindo na armadilha deles retorquindo as eventuais provocações com violência. Vou além: tenho medo de que alguns atleticanos queiram materializar/exteriorizar seu protesto e descontentamento, pela eventual perda do título paranaense, por meio da inaceitável depredação de nossa Arena da Baixada.
Amigos, faço o pedido encarecido: não atentem contra o nosso patrimônio! Não depredem nossa Arena! Não permitam que o estádio seja interditado! Não deem margem a que nossos rivais e inimigos venham a questionar a segurança do joaquim américo, posto que eles – movidos pela inveja – vão tentar de tudo para obstaculizar a realização da copa de 2014 em nosso solo sagrado!
Amigos, QUE NENHUM DE NÓS COMETA O DESATINO DE – POR CAUSA DE UM CAMPEONATO PARANAENSE PERDIDO – VIR A PERDER NUM FUTURO PRÓXIMO OU DISTANTE COISAS MUITO MAIS VALIOSAS (ninguém pode permitir que – no calor dos fatos, de cabeça quente e com os miolos fervendo de frustração – atos contra os interesses do Atlético Paranaense sejam perpetrados/protagonizados por atleticanos).
Evidente que, em caso de perda do título, deve ser garantido a todo atleticano exercer seu direito sagrado de livre manifestação do pensamento – DESDE QUE O PATRIMÔNIO SEJA PRESERVADO, INCLUSIVE NO SEU ENTORNO CUJO RAIO LEGAL É DE 5 KM.
Em caso de empate ou vitória das paquitas – QUE DEUS NOS LIVRE! – deverá ser garantido a cada atleticano o direito – e o dever! – de protestar, no grito e nas palavras de ordem, sejam eles quais forem.
Que o grito seja a nossa arma antes, durante e após o Atletiba de 24/04/2011. Oxalá possamos gritar ‘Hey, coxa, vai tomar no c*!’, ‘Fica, c*, aqui é o Caldeirão!’. Mas se esses gritos não nos forem possíveis, que haja outros, sejam eles quais forem, desde que a Arena da Baixada – nossa casa e palco curitibano/paranaense da Copa do Mundo de 2014 – permaneça incólume, preservada e majestosa.
Feito o encarecido pedido, é de se lembrar que nesta semana, há pouco iniciada, teremos nosso compromisso contra o Bahia, por um campeonato muito mais importante do que o campeonato paranaense (rebatizado pelo meu querido Amigo e Mestre Emílio Sounis Júnior como ‘campeonato pangareense’). Na próxima quarta, 20/04, teremos embate difícil contra o tricolor baiano, mas estou otimista. Arrisco até um placar: CAP 3 X 1 Bahia. E se superarmos o Bahia – como acredito, firmemente – vamos precisar da torcida unida, de jogadores prestigiados e da Arena da Baixada apta a receber toda e qualquer competição.
Portanto, não devemos permitir que o clássico de domingo venha trazer ao CAP consequências maiores do que a EVENTUAL perda do paranaense que, em verdade, poderemos ter deixado de ganhar em derrotas e empates infantis dentro e fora da Arena da Baixada.
Porém, friso uma vez mais: nada poderá justificar na vida do Atlético Paranaense a ocorrência da selvageria burra e histérica protagonizada pelos torcedores verdes quando do rebaixamento dos ervilhas em 06/12/2009. Que o erro (insanidade) deles nos sirva de exemplo!
Vá ao estádio, grite, vibre, torça, xingue, proteste, mas preserve nossa Arena da Baixada – que tanto orgulho já nos deu e tanto orgulho nos dará, especialmente no Mundial de 2014.
E se, eventualmente, o paranaense ficar com os ervilhas, pense sem medo de errar: ‘que se f*! é apenas um bando de pangarés levando mais um inexpressivo pangareense pra casa, que aliás cai aos pedaços! Um pangareense feito sob medida pra encher de ilusão a prateleira de troféus onde há quase 30 anos não entra nada que seja realmente relevante no mundo do futebol. Mais um pangareense na galeria onde repousa a taça de campeão brasileiro de 1985, conquistada com saldo de gols negativo, a taça conquistada pelo pior campeão brasileiro da história…).