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25 abr 2011 - 8h37

Que o ano enfim comece para nós!

Assisti ao Atletiba do primeiro ao último minuto, como sempre faço, desde 1982. Por conta de uma amidalite, assisti ao Atletiba em casa, ao lado do meu irmão, coxa-branca, como muitas vezes fizemos nesses últimos 25 anos.

Assistimos ao Atletiba juntos, e ninguém se machucou, o que prova que só há brigas quando se encontram lado a lado – ou frente a frente – os imbecis, os vândalos, os bandidos travestidos de torcedores.

Hoje, faltou-nos sorte e sorte foi o que sobrou para eles. Do nosso lado, nada deu certo; no lado deles, até um tiro infantil acabou se convertendo em gol. O placar, embora elástico, não traduziu a realidade do clássico que bem que merecia ter acabado em empate.

Hoje, faltou-nos sorte, mas – desde que o Marcos Malucelli assumiu o Clube – muito mais coisa tem nos faltado.

Nunca houve na Presidência do CAP um homem tão entregue, tão sem forças, tão resignado. E olha que arrisco a dizer que nunca houve no CAP um presidente que deixasse de ganhar ao menos um Atletiba. Pois Marcos Malucelli vai entrar para a História como o Presidente que nunca sentiu o gostinho de vencer o maior clássico do futebol do Paraná.

Talvez por isso ele demonstre esse desdém todo para com o Atletiba, mas um homem que não sabe dar valor a um Atletiba não merece nem se sentar nas arquibancadas do grande clássico que existe há quase 90 anos e que matou do coração boa parte de pelo menos 5 gerações de curitibanos!

Foi triste demais ver a derrota de hoje, porém a vida segue. Estamos nas quartas-de-final da Copa do Brasil, temos hoje como técnico o competente e Atleticano Adílson Batista, temos o Paulo Baier, o excelente goleiro Renan Rocha, o baixinho-invocado-raçudo Mádson e outras tantas peças que nos são valiosas.

Ainda temos nossa Torcida. Temos a monumental e cada vez mais linda Arena da Baixada. E, sobretudo, ainda somos Atleticanos!

Perdemos o estadual, e a vida geral segue o seu curso, feita de vitórias e derrotas, porém nunca de desistências.

E chega a ser engraçado: o time verde desfila diante de meus olhos o seu 35º estadual e eu, atento a tudo, sinto-me cada vez mais apaixonado pelo Clube Atlético Paranaense. E confesso – de fronte alta e cheio de orgulho Rubro-Negro – que chego a ter pena dos coxas mesmo em suas vitórias, pois apesar de eles terem nascido em Curitiba houveram por bem torcer por um time verde e branco que jamais terá o apelo vivo e emocional do Vermelho e Preto do nosso Clube Atlético Paranaense!

Eu acho que é isso que eu sinto pelos verdes: pena – seja em suas vitórias, ou em suas derrotas – pois eles nunca saberão o que é torcer pelo Clube Atlético Paranaense, paixão que vai além de um time, além da bola e de seus resultados, paixão que, acreditem-me, transcende até mesmo a religião.

Atleticanos, bola pra frente! Apesar das derrotas da vida,apesar desse atual presidente de vibração nula, apesar desse time verde que, de longe, até parece algo maior do que realmente é, que de longe até parece o Palmeiras ou o Guarani (não se deixem enganar pelas cores), apesar de tudo a gente continua Atleticano e o Atlético Paranaense continua na briga atrás dos feitos do presente.

Que venha o Vasco! Que o ano – enfim – comece para nós!

Amanhã, quando um verdinho vier me sacanear no escritório, vou dizer: ‘Pode vir! Pode vir mesmo pra cima de mim me sacanear, pois eu sou Atleticano! E é melhor ser um Atleticano triste do que ser um coxa-branca alegre (coxa-branca rapaz alegre como diria Didi Mocó), porque a maior tristeza que pode haver em Curitiba é o cara nascer nesta cidade e, por absoluta cretinice/burrice/viadagem/insanidade mental, resolver ser coxa quando poderia ser Atleticano!

DIAS MELHORES VIRÃO!…



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