A dor do parto e o aguardado parto do MM!
Certo dia no Éden – atual Balneário Camboriú-SC, segundo os argentinos -Adão – naquela altura do certame casado e pai de dois filhos – perguntou a Ele como era a dor do parto!
Ele pensou, pensou e concluiu que, por questões anatômicas, Adão não poderia sentir exatamente a extensão da dor do parto. Pensou, concluiu e comunicou a Adão nos seguintes termos:
– Ô Adão, nada feito! Tu nunca saberás como é a dor do parto, privilégio este que conferi apenas à Eva e às suas descendentes: as fêmeas humanas! E tenho dito!
Todavia Adão¹ – mais inconformado do que paranista neste começo de 2011 em face do rebaixamento aos porões do futeba estadual de 2012 – resolveu protestar e reforçar o pedido:
– Mas Deus, pelo amor de Vossa Suprema Deidade², qué que custa me fazer sentir uma amostra grátis da dor do parto e aplacar a minha curiosidade?
Aí Deus pensou, pensou, olhou para o corpo de Adão, botou o dedo indicador na boca e o polegar no queixo como se estivesse no auge do Seu raciocínio (e estava mesmo!) e lá pelas tantas exclamou:
– Eureka!³
E depois de exclamar Eureka, Deus voltou a se dirigir a Adão:
– Já sei, ó Adão, como fazer que tu, um homem, possa sentir a dor do parto em sua plenitude lancinante e dolorida, sem que Eu tenha de realizar obras de adaptação em seu corpo de homem.
E foi assim que Deus criou o futebol, atendendo ao inusitado pedido do curioso Adão, para que nós – homens (termo aqui empregado no sentido de machos da espécie humana)- pudéssemos sentir – afinal e fielmente – as dores horrendas do parto!
O futebol, Amigos, foi criado por Ele para que nós – os homens – sofrêssemos as dores violentíssimas do parto sem, no entanto, botarmos um bebê no mundo a partir de nossas panças e ou entranhas!
Cada vez mais me convenço disso: o futebol foi criado por Deus para que os machos provassem da dor do parto! O duro é que não nos é deferido o direito à Licença-maternidade de 180 dias para que, depois de parir, pudéssemos ficar seis meses longe da encheção de saco que é aguentar a tiração de sarro diária desses coxas-brancas filhos de puta!
O futebol dói como o parto e, nesses últimos 3 anos, ao final de cada Atletiba a gente que é Atleticano fica com a impressão de ter dado à luz um bezerro obeso! Pior: às vezes a impressão que temos é a de ter parido bezerros gêmeos, obesos e siameses. Aí, Amigo, não tem quem aguente…
Notas do Redator:
¹’Todavia Adão’: expressão cuja cacofonia sempre rende alguma graça;
²’Vossa Suprema Deidade’: expressão que denota um puxa-saquismo exacerbado por parte de Adão, mas ‘vamo combiná’ que o Chefe dele bem que merecia (e sempre merecerá!), pois não era dois, mas era Deus!;
³ ‘Eureka!’: Deus gritou ‘Eureka’, pois é brasileiro. Fosse português tinha gritado ‘Eurico!’, este um cara que – embora odiado pelo puros, pelos libertários e pelos hipócritas vascaínos – fez muito mais pelo Vasco do que o bonzinho Dinamite (que está mais pra traque à frente do time da colina cuja esquadra sucumbirá diante do nosso querido Clube Atlético Paranaense, logo mais pelos próximos capítulos da Copa do Brasil).
Conselho do Redator: e por ter falado tanto em parto, sugiro que o MM – inspirado em Dom Pedro I, mas às avessas – reúna o povão na Praça do Atlético, tome o microfone nas mãos e anuncie a plenos pulmões: ‘Se é para a felicidade geral da Nação Rubro-Negra, diga ao povo que PARTO!’ Rapaz, SE O MM FIZER ISSO, vai ser uma festa do tamanho daquela que fizemos no dia 23 de Dezembro de 2001…ou maior!