Hora de batermos os tambores
Não sou do tipo que defende a permanência da diretoria até as eleições. Tampouco acho que ela deve ser deposta pelos seguidores do Imperador, que se sente déspota o bastante para mandar e ser mandado.
A diretoria, que deu demonstrações de fragilidade e despreparo durante os três anos de administração, não conseguiu se localizar após todos estes anos. Prova do que eu dizia lá atrás, sobre a incompetência dos que estavam na composição daquela chapa tapa-buracos encabeçada por Mario Celso Petraglia (traído meses depois que a diretoria foi empossada), era verdade. O que ela precisa é ser humilde e começar as mudanças que me parecem urgentes: retirada do atual diretor de futebol (que nada entende da arte de se jogar futebol, sabe apenas de comércio de jogadores, prova disto é o que o Paraná Clube se transformou durante o período em que ele era o presidente tricolor aliás, quem nos disse que aquele clubinho de segunda é exemplo para nós?), mudanças internas profundas com enxugamento da máquina e revisão de profissionais (cadê o psicólogo que era minha bandeira de luta em 2007 para suprir demandas como a cabeça de jogadores excelentes como o Wallyson e o Willian que precisavam de suporte psicológico, nada mais?).
E se nada for feito, é hora de invadirmos o campo literalmente. Não os jogos, para não perdermos mandos. Mas invadirmos a Arena, com carros de som, faixas, torcidas organizadas, movimentos que amam nosso Atlético Paranaense (como o Movimento Atlético Mais Futebol e as confrarias). Não é possível que não nos atenda. Não é possível que continuem jogando com a imprensa canalha como se fossem parte da história do Atlético. Será que os dirigentes não sabem que os jornalistas, em sua maioria, professam a fé alviverde?
E sem essa de quererem a volta ao passado. Do que adianta? O mesmo filme deste ano vi em 2007, quando fomos massacrados na Arena no Campeonato Paranaense, dando o título ao Coxa, eliminados na Copa do Brasil e sofrendo até a última partida para não sermos rebaixados no Campeonato Brasileiro. Não dá para termos estrutura e pensarmos pequeno. Não dá para sermos Atlético Paranaense e nos comportarmos como o Operário de Ponta Grossa. Não dá mais para nos calarmos, quando é eminente a nossa derrocada neste ano.
Há que se agir. Quem é voluntário para fazermos a revolução que nosso Furacão precisa?