Indignação
Quero neste espaço democrático apresentar minha indignação: eu, pai de família, graduado, trabalhador, para receber pouco mais de R$ 1.500,00 preciso deixar meu sacro-santo lar, minha família. seis dias por semana para trabalhar.
E, para receber meu salário, porque eu não ganho, eu recebo pelo meu trabalho, não posso fazer nenhuma cag…, se não o produto do meu erro será descontado daquilo que recebo.
Pois bem, no início do ano tivemos no CAP alguns ‘jovens’ que por um motivo ou outro quiseram sair do CAP. Um, até que deu retorno financeiro, outro teve o momento reconhecido e foi pros bambis, outro ‘acertou’ com a diretoria e foi pro verdão paulista (único verdão de fato no Brasil), aliás este foi inúmeras vezes vaiado pela torcida ‘esperta’, junto com o agora tricolor. Alguém lembra disso?
Mas escrevi tudo isso para chegar ao assunto principal, um jovenzinho, ex-sei lá o que da distante Bacabal. Alguém lembra que o referido não queria mais continuar por aqui ”GANHANDO” seus belos 20.000,00. Escrevo ganhando, porque como escrevi antes, eu recebo e preciso trabalhar para isso, outros ganham…
Estou de saco cheio de ver esses cidadãos fazerem pouco caso do que recebem e provocar situações vexatórias para a torcida, ou alguém duvida que se tivéssemos onze (com vontade) em campo, se esforçando, correndo, dando sangue, poderíamos até perder, mas não da maneira que foi.
A torcida, iludida, endeusa, idolatra alguns jogadores, compra sonhos e como eu, recebem pesadelos.
Chega de mediocridade, o futebol deixou de ser visto como algo destinado para a diversão do povão. Nossos estádios já não recebem mais torcedores mais humildes, pois não conseguem pagar pelo ingresso sem comprometer o orçamento. Logo, se virou produto de negócio, que os envolvidos sejam tratados como tal. Se jogador quer ir embora, que vá. Ou acha que trabalhando de bóia-fria no Maranhão, ou de ‘oreia’ de pedreiro irá GANHAR 20.000,00?
Pra mim, deu.