Carta aberta à Diretoria
24 de abril de 2011. Um dia em que a história do Atlético ficou manchada. Perder um clássico não é o fim do mundo. Mas, de 3 a zero! Em casa?! Consagrando a série de vitórias do adversário?! Valorizando-o perante toda a mídia nacional?! Entregando mais uma vez a taça para ele?! Com a nossa torcida se calando?! Sem raça, sem entrega?! Com a irresponsabilidade de um jogador que é expulso aos 7 minutos e a equipe fica na mão?!
Aqui temos que fazer um reconhecimento: Paulo Baier; numa hora estava embaixo do travessão quase que impedindo um gol do adversário; em seguida armando jogadas no meio-de-campo; driblando; batendo faltas; correndo, com seriedade; com raça!
O que não dá para aceitar é estar com 25 derrotas atrás do Coritiba, nos 346 Atletibas já disputados. O que dói é ver a indiferença de técnico e jogadores: vamos trabalhar, vamos pensar pra frente… isso não é profissionalismo; é ser burocrata. E jogar no Atlético não é bater o cartão; é ter raça, acima de tudo. Para nós, torcer, vibrar, sofrer, faz parte de uma mística. Que está sendo destruída. O Atlético não está se tornando um clube-empresa. Está se tornando uma empresa. E o Atlético não é uma empresa. Nós não somos simples consumidores. Somos seguidores.
O que pretendemos? Ser a sede da copa? Terminar a Arena? E os títulos? E a Libertadores? E o Mundial? E a destruição da supremacia alviverde em Atletibas?
Não tememos a própria morte. Mas temos funcionários nos representando em campo.