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1 maio 2011 - 21h03

CAP Gigante! Desse jeito?

Não sou defensor do MM. Participei ativamente da chapa de oposição, justamente por desejar mudanças nos rumos da gestão do CAP. Porém, vejo muita gente cobrando do MM coisas que supostamente o Petraglia iria fazer caso estivesse na presidência. No entanto, basta procurar as entrevistas dadas pelo MCP para constatar que o discurso, as ações e principalmente os resultados em campo, foram muito semelhantes, na comparação das 2 gestões. MCP sempre falava: “não vamos cometer loucuras”, “não contratamos jogadores de 3 dígitos”.

Alguns irão falar que estou louco, porque o Petraglia é campeão brasileiro. É sim! Mas o é pois tinha ao seu lado Marcus Coelho, Adur, Fornéa, Valmor, Samir Haidar, Valdo Zanetti, Fanaya, Carletto, Maculan, Guivan Bueno, entre outros. Sem eles não teria conseguido, nem erguer a Baixada, nem ser campeão.

Além de todas as grandes conquistas do Atlético – patrimoniais e em campo – terem sido atingidas pela união dos esforços de todos os citados acima, é fato que a gestão Petraglia terminou com uma dívida, que apesar de ter sido liquidada em pouco tempo na gestão MM (méritos do Fornéa), inviabilizou qualquer sonho megalomaníaco do MCP. Este argumentava que o Atlético seria um dos maiores clubes das Américas, porém por muitas vezes não tivemos nem a supremacia no campeonato estadual. Se estávamos a ponto de competir com Boca, River, São Paulo, etc, o estadual era obrigação.

Como disse, méritos do Fornéa em resolver a situação financeira, mas no 1º ano da gestão MM, investimentos iriam comprometer ainda mais as finanças até o final do mandato. Foi 1 ano perdido, mas que ainda deu impacto no ano seguinte (2010) quando apenas na metade do 2º semestre o time engrenou e terminou em 5º (fora que fomos roubados contra o Grêmio e em mais 7 jogos).

Já em 2011 foi uma situação diferente. A diretoria optou por cometer o mesmo erro do Petraglia na gestão de 2002 a 2008: vender uns 4 titulares, quando precisava contratar 3 para virem vestir a camisa titular e então formar um time muito forte. Com o time desmontado, é preciso sempre recomeçar o trabalho até voltar ao estágio anterior. Para chegar ao time forte, leva mais tempo. E o grande problema sempre foi: vender, encher o cofre, não repor a altura e pior – contratar um caminhão de jogadores, que todos sabem que não darão resultados. E não adianta xingar o Valmor, pois sem o MM liberar o dinheiro, ele não pode fazer nada.

Não defendo o MM, apesar de saber que ele teve a limitação financeira da herança maldita. Qualquer um que pegasse o clube assim teria esse 1 ano e meio sacrificados, para botar as finanças em dia. Porém, o MM poderia agir de maneira diferente quando a dívida estivesse quitada. Mas preferiu fazer o mesmo que Petraglia. E por que agiu assim? Porque o único modelo de gestão que ele conhece é o mesmo que o Petraglia usava. O MM não tem perfil para ser presidente do Atlético e fez o famoso “mais do mesmo”. Copiou o MCP até no discurso que “o Atlético não pode ficar pensando em Paranaense, mas em grandes conquistas”.

Só que um dos poucos méritos que o MM tem é de ter batido de frente com o Petraglia. Muitos tinham medo do Petraglia, mas o MM o enfrentou, por isso não lhe cabe o título de “banana”. O MM não é um banana, mas uma cria do Petraglia. Tanto que foi chamado para assumir o comando do futebol em 2008, quando medrosamente Petraglia pulou fora do barco, vendo que o Atlético seria rebaixado. Só que uma cria do Petraglia não poderia agir de outra maneira, senão tentando copia-lo. A diferença é que o MM (mesmo tendo tirado o MCP do clube) não tem o pulso firme, apesar de ter adquirido a mesma arrogância de seu desafeto, quando criticado. O que me incomoda não nem a arrogância de ambos, mas a cara de pau dos petraglistas, que na última eleição defendiam o Malucelli e depois passaram a ataca-lo. Isso entra naquilo que é notório há tempos: só presta quem está ao lado do Petraglia.

E vocês realmente acreditam que o Petraglia ia contratar jogadores caros esse ano? Quando ele fez isso? Por que ele não aceitou a vinda do Nem e do Souza em 2001 e o Marcus Coelho teve que bater o pé para traze-los? (e se não trouxesse talvez nem teríamos sido campeões, porque o Adriano se machucou no returno e entrou o Souza para manter o nível – além do Nem ter sido um líder). O Petraglia falou também que o Geninho não valia R$200 mil por mês. Hoje não vale mesmo, mas em 2008 ele veio e valeu cada centavo, pois nos livrou de uma segundona, que o prejuízo de cara, é a metade da receita da TV – uns R$6 milhões. Mas no dia que o R$1 milhão que o Geninho ganhou for mais do que os R$6 milhões que deixamos de perder, mudaram a matemática.

Graças a Deus estaremos livres do MM no final do ano, mas entre ele e o MCP, nenhum dos 2 resolve. O MM não consegue traçar um planejamento. Pelo esforço principalmente do Valmor podemos ganhar essa Copa do Brasil. O mérito do MM será de ter conseguido trazer o Valmor de volta ao CAP. Mas não adianta voltar o MCP, que não entende de futebol, como ele mesmo já assumiu publicamente. Renovação já e que a torcida seja o 12º jogador nesses 6 jogos da Copa do Brasil. Não tem nenhum bicho papão e podemos sim ganhar. Mas para isso precisamos de união e deixar a política para o final do ano. O Atlético não vai se tornar gigante na 2ª feira. Quem quiser votar em qualquer candidato, o fará apenas em dezembro, em um ambiente democrático. Lembrando ainda que a oposição ao Petraglia era vista como “algo para desestabilizar o clube” – mesmo quando perdemos 2 títulos para os coxas na Baixada – mas hoje por ser uma oposição feita pelo próprio Petraglia, pode. Quanta coerência! Depois tem gente achando que o problema do Petraglia são as faixas e a baterias das Organizadas…



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