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15 maio 2011 - 21h47

Baierdependência

Tostines: vende mais por que é fresquinho, ou é fresquinho por que vende mais?

O Baier é titularíssimo pois não tem ninguém para por no lugar, ou não temos ninguém pra por no lugar porque ele é titular?

Não me entendam mal, não sou um crítico do PB. Ele já nos salvou diversas vezes e, apesar da idade ainda joga o fino da bola, tem ‘catigoria’ o vovô. A culpa da baierdependência não é dele, mas do comando técnico, que pensando que não tem soluções a altura, continua montando os esquemas táticos com referência no nosso 10.

O último técnico que passou por aqui e desafiou esta situação foi o agora ex-bambi Carpa. Ele constantemente deixava o Baier no banco para ‘poupá-lo’. Fazendo isso, forçava o time a buscar uma nova maneira de jogar, sem aquela referência no meio. Os resultados estavam se mostrando bons. O Baier quando jogava estava bem, mas não necessariamente estava toda hora no time. Aí o peixe resolveu sair vazado (nota – ha ha ha, o mundo dá voltas) e veio o Sérgio Soares, que recolocou o Baier no seu pedestal. Deste então, nenhum técnico ousou desafiar esta fórmula mágica de sucesso duvidoso.

O Adílson tem que enxergar isso o mais rápido possível e desafiar esta Baierdependência do time. Voltar a ‘poupá-lo’ em alguns jogos, deixá-lo na reserva entrando no segundo tempo em outros, treinando o time sem ele como titular.

Uma meia-cancha de qualidade e respeito pode ser formada por (sem entrar no mérito dos volantes) volante-volante-Branquinho-Mádson. Mas esse meio tem que começar a treinar e jogar junto, sem o Baier. Tendo o maestro no segundo tempo para decidir na bola parada, ou usar sua experiência para administrar a vantagem. Quando entrar, vai entrar voando.

Pelo que o Adílson fez até agora, não mostrou que irá por este caminho. Colocou o Baier como referência nos momentos decisivos, Atletiba e jogos contra o Vasco. Minha esperança é que ele enxergue esta mudança logo no início do Brasileirão, dando tempo para o time se adaptar ao novo esquema, que acredito nos dará mais equilíbrio ao time, aproveitará melhor nossos talentos, e nos levará mais longe que o modelo atual.



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