Podia ser melhor não fosse a teimosia
É difícil acreditar em tanta melhora assim com um treinador como Adilson Batista. O treinador trabalha contra si e por consequência contra o Furacão. Toda a culpa do empate de ontem, que eu considero uma derrota, recaiu sobre o zagueiro Rafael Santos, que efetivamente falhou no gol de empate do time carioca. Falhou e falhou feio, numa jogada mano-a-mano. Pra mim, zagueiro, nunca perde a viagem quando sai da isso é elementar.
Friamente, tenho que o jogador vinha fazendo uma partida irrepreensível, ganhando todos os lances que disputou e juntamente com Manoel, parecia que as coisas tinham se ajustado. Em 5 segundos, pôs tudo a perder e errou bisonhamente. A torcida passou a vaiá-lo com insistência, mas por conta daquele gol contra(diante do Grêmio) do que pela falha diante do Flamengo. Com dignidade o jogador tentou se superar e não foi bafejado pela sorte, quando aquela bola ao final do jogo, cabeceada por ele, caprichosamente tocou na trave.
Seria muita covardia atribuir a derrota somente ao zagueiro que falhou. Não faria isto. Não gosto do trabalho do Adilson Batista, que teima em querer encher o time de volantes e aí tira o potencial ofensivo que já não é dos melhores.
Não entendo pra que sair jogando com Wendel que é volante, na lateral direita, quando sabidamente o jogador não sabe apoiar e tampouco cruzar. Era melhor ter colocado o Wagner Diniz que é da posição. Ou então que o dispense de vez. Não entendo mais ainda, porque o Atlético faz um investimento para trazer um jogador como Cleber Santana e ele, invariavelmente fica no banco, pra Adilson jogar com um lateral esquerdo de volante. Marcelo Oliveira não tem qualidade pra jogar no meio campo e com Cleber no banco, perdemos um jogador de alta qualidade técnica e que tem condições de finalizar a meia distância. Incrível isso. Perde-se tempo por teimosia.
No jogo Adilson ainda no primeiro tempo, inverteu os posicionamentos de Madson e Branquinho. O primeiro, canhoto, passou a jogar pela meia direita e o segundo, destro, passou a jogar pela meia esquerda. O time ficou confuso e ambos passaram a não render o esperado. É óbvio, jogadores de velocidade teriam que sair em velocidade pelos lados respectivos.
Antes do gol do Flamengo, o time tinha o domínio, mas aí, Adilson, mais uma vez, entrou em ação, e quis se precaver. Quando deveria retirar de campo o inoperante Marcelo Oliveira, jogador que me lembra o inexpressivo Rafael Miranda, para colocar o Cleber e dar mais volume de jogo, acabou retirando o Branquinho, que se não estava tão bem, era sempre perigoso em suas arrancadas. O Marcelo aliás, é lateral esquerda e não soma absolutamente nada no meio campo, pois marca mal e joga curtinho.
O que digo é que o Adilson é muito teimoso. Vejam, quando o jogo já estava empatado, ele retirou o nosso melhor jogador em campo, Madson, para colocar Paulo Baier. Houve revolta do estádio. Madson?? Por que não retirou o Marcelo Oliveira? Ora, pra terminar o jogo, como ele sempre projeta…cheio de volantes: Wendel, Deivid, Marcelo e Cleber.
Evolução? Não diria que seja isto. Se ela existe, não é seguramente pela intervenção do Adilson, pois, por ele, estaríamos jogando com 4/5 volantes e sem atacantes. A tal evolução se dá, porque o treinador se viu obrigado a promover modificações pela pressão externa. É claro que colocando os melhores jogadores, o time vai render melhor. E digo mais, se colocar em campo o Cleber Santana no lugar do Marcelo Oliveira além um atacante eficiente junto com o Nieto, a coisa vai. Mas chega de improvisações e invenções. Marcelo de volante e Wendel de lateral é invenção braba.
Não acredito mais em Adilson, que só pede calma, paciência e já se passam seis(6) jogos que não vencemos ninguém. E pior: Qual foi o time de 1ª Divisão que vencemos em mais de seis (6) meses? Ah! O Bahia. E só.
Ou vencemos domingo os catarinas ou será necessário uma nova providência, sob pena de não nos recuperarmos mais. Perdi a paciência.