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25 jun 2011 - 22h41

O Atlético é a cara do seu presidente

Desde criança, quando eu tinha a idade do meu filho, sempre fui ao estádio. Lembro que meu pai parava o carro num barranco e, dali mesmo, sem maiores confortos ou cerimônias, assistíamos aos jogos do Atlético numa Baixada que era não mais do que um campo no meio do nada.

Acompanhei o Atlético no Pinheirão e na antiga Baixada e fui um dos que chegou a subir no telhado da lanchonete que vendia o pão com bife na curva do Tobogã.

Vi o Furacão ser comandado por um homem que, se tem seus defeitos, desde que chegou sempre foi vibrante: a cara do Atlético e de sua torcida. Refiro-me a Mario Celso Petraglia, o que é óbvio.

Cresci vendo o time do Atlético crescer junto comigo. Se na infância aguentei meus amigos e primos (e são muitos) ostentando a ‘estrelinha’ obtida com saldo negativo, tive a felicidade de presenciar, de forma consciente, a ascensão do Atlético, obtendo títulos estaduais e nacionais, participando de competições internacionais (e ganhando algumas delas) e ultrapassando o rival em número de torcedores, em patrimônio, em destaque.

Em 2004, vi aquele que fez do Atlético grande se tornar mesquinho, hipócrita e deixar a condição de ídolo para se tornar vilão ao proibir a entrada da bateria da Fanáticos no então melhor e mais moderno estádio da América Latina, quando o Furacão tinha um time vibrante, competitivo e apto a conquistar pela segunda vez o Brasil. Não me lembro, nos quase 30 anos que já vivi, de ter visto um time do Atlético tão qualificado, da zaga ao ataque… nem mesmo o que nos fez os alviverdes engolirem a malfadada estrelinha amarela.

Mas veio a perda do título em 2004. Veio um time bem meia boca que, ainda assim, com raça e determinação, chegou ao vice da Libertadores em 2005. E veio a decadência.

Saiu o Petraglia, de forma tão covarde como a que é conduzido hoje o nosso Clube. Saiu o Petraglia deixando no comando do Atlético o seu eleito, o seu sucessor: aquele que o ajudou a evitar o pior, que seria a queda do Furacão para a Série B em 2008.

Marcos Malucelli, que era uma grande esperança para todos, se mostrou um covarde. Um sujeito que sempre foi amiguinho de todo mundo, mas nunca fez o que o Atlético precisava. Não teve a audácia que teve o seu antecessor de peitar os ‘grandes’, de ir além, de fazer um algo mais. Um Presidente que teve a pachorra de conceder entrevista a uma emissora de rádio e dizer que não via a hora de entregar logo o cargo e se livrar do carma de comandar um time grande.

E que funcionário pode se sentir motivado com um comandante assim? Que comandante pode ter em mãos um elenco que reflete a apatia dos seus superiores? Que grande contratação, como foram as de Guerrón, Kleberson e agora de ‘El Morro’ pode ajudar um time que não tem estímulo, vontade, tesão de vestir o manto rubro-negro?

O Atlético de hoje é a cara de seu Presidente: a cara da indolência, da falta de vontade, da covardia. O Atlético é um time de bundões.

Acreditei que este ano seria de alegrias porque o Furacão tem, sem dúvida, um dos melhores elencos desde 2004 – e disso não tenho dúvidas. Mas as bruxas andam soltas pelos lados do CT do Caju: CT este, aliás, que recebeu a Seleção Brasileira, que tem toda a estrutura para revelar jogadores que ninguém sabe onde estão. Até quando?

Por todas essas razões é que eu, como tantos outros, que era sócio do Atlético desde que o plano de sócios foi lançado, ao final do Paranaense deste ano parei de pagar e deixei de comparecer à Arena.

É essa, infelizmente, a triste realidade do maior Clube do Paraná. Brilhante nas finanças, um grande patrimônio, mas sem qualquer identidade com a torcida e com o que realmente importa: o futebol.

Adilson pediu demissão. E será dele a culpa? Temo que se persistir no comando um verdadeiro bundão, não exista treinador que emplaque no Atlético. E enquanto isso, pobres de nós, torcedores.



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