8 jul 2011 - 12h16

Renato Gaúcho exigirá comprometimento dos jogadores

Em seus tempos de jogador, Renato Gaúcho ficou famoso também pelo comportamento fora do campo. Mesmo sendo alvo de críticas, nunca escondeu que gostava de participar de festas, sair à noite e aproveitar os momentos de folga. O episódio mais célebre foi o que lhe custou o corte da Seleção Brasileira que disputou a Copa do Mundo de 86. Ao lado do lateral Leandro, ele fugiu da concentração na Toca da Raposa e depois acabou sendo cortado por Telê Santana.

Desde que se tornou técnico, Renato Gaúcho vem sendo questionado justamente sobre o tema do comportamento dos jogadores fora de campo. Por um lado, poderia haver o risco de ele não ter autoridade para cobrar os atletas em razão de seu histórico. Por outro, é justamente esse conhecimento que dá a ele a condição de conquistar o respeito dos comandados, “falando a mesma língua”.

Logo em sua primeira coletiva como técnico do Atlético, o treinador foi questionado sobre o assunto. Já sabendo onde o repórter queria chegar com a pergunta, deu a resposta que todos queriam ouvir, falando sobre seu passado: “Eu acho que o jogador não é escravo, tem direito de viver a vida dele, desde que não atrapalhe a profissão dele. Ele precisa das pernas, ele precisa correr. Então, se ele estiver exagerando lá fora, pode ter certeza que nenhum deles vai me enganar nesse sentido. Eu leio o pensamento deles. Eu já passei muito por isso (risos). Você queria ouvir isso? Então, estou te falando. Nesse ponto, pode ficar tranquilo que eles não vão me enganar”.

Dentre as primeiras iniciativas que irá tomar, Renato revelou que instituirá regras mais rígidas para a “caixinha” dos jogadores. Esse é um sistema que impõe multas para quem chega atrasado aos treinos ou comete outras faltas. Depois, o dinheiro é utilizado normalmente para um fim escolhido pelo grupo. Sobre a saída dos jogadores à noite, o técnico afirmou que estará atento às informações, mas que sua cobrança será efetivamente sobre o rendimento dentro de campo.

“Eu não sou muito de ficar cuidando do que o jogador faz na vida particular dele. Eu procuro me informar do que ele faz lá fora, e cobrar muito dele aqui dentro. Para mim, o jogador precisa dar a resposta durante os treinamentos e durante os jogos. Agora, se eu vir que o desempenho dele não está sendo legal porque ele está exagerando na vida particular dele, aí eu me meto”, explicou.

Ao final, deixou claro que seu trabalho será baseado no comprometimento dos atletas com os resultados: “Esse diálogo que eu vou ter com eles, essa palavra chave que é comprometimento, pode ter certeza que eles vão ter mais do que nunca”.



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