A festa acabou,
a luz apagou,
o seu povo sumiu,
foi-se meia diretoria,
a noite esfriou,
mas você ainda não apagou, Presidente,
a nossa alegria de ser rubro-negro

mas e agora, Presidente?
e agora, você?
você que era só sobrenome,
que zombava do outro,
você que não fez mais que os outros,
e agora, Presidente?

Está sem discurso,
sumiu da sua rádio favorita,
aquela antes odiada pelos torcedores,
já esqueceu, Presidente?

A noite esfriou,
o dia não veio,
o riso não veio,
não veio nenhum título importante

e tudo para ti acabou
e tudo fugiu
e até o gramado estragou,
e agora, Presidente?

E agora, Presidente?
Sua doce palavra ”superávit” de nada adiantou,
seu instante de febre,
seu gasto em milhões,
sua incoerência, e agora,

quem tinha tinta na caneta
se demorou em decidir
deixou o futebol quase ruir
Oh se o mar, bolonhesa

Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta,
até os fanáticos, Presidente,
te querem fora da nossa casa

E finalmente o homem voltou.
Presidente, e agora?
Sozinho no escuro
você vai, Presidente!
Presidente, pra onde?
O jogo não acabou.