Para sair da UTI
Havia prometido a mim mesma que não falaria da política no Atlético, porém, vendo a política tomando a cada dia mais terreno que o futebol e o pior, interferindo nele, não tenho como não me manifestar. Não tenho e nunca tive interesse em participar de chapa alguma, não gosto de política, gosto do Atlético e de sua história. Não torço por pessoas, mas sim por um clube de futebol.
Muito me preocupa a atual situação do clube que tanto amo. Sei da força que nós atleticanos temos quando nos unimos em prol de uma causa, foi assim que diversas vezes mostramos a nossa força a quem quer que fosse. E hoje, infelizmente vejo um Atlético desunido e por conseqüência sem força para resolver os seus problemas. O Atlético hoje mais parece um doente na UTI cujos familiares ao invés de se preocuparem com a sua saúde estão discutindo a partilha de bens.
Ao invés de nos concentrarmos em unir forças para tiramos o Atlético dessa UTI em que ele se encontra, vemos inúmeras discussões políticas que neste momento não nos farão respirar sem ajuda de aparelhos. Não acredito que a antecipação das eleições para este momento tiraria o Atlético desta crise. Pelo contrário, até um novo presidente se interar da situação para tentar remediar alguma coisa, pode ser tarde demais.
Nesse pouco tempo que temos precisamos nos focar no objetivo de recuperar nossas forças para que voltemos a ter um time decente em campo. Neste momento precisamos do medicamento certo. Faltam poucos dias para que se encerre a janela de contratações. A prioridade neste momento deve ser trazer os reforços mais urgentes e confiá-los ao técnico Renato Gaúcho.
Vamos nos unir para fazer com que primeiramente o Atlético possa respirar sem aparelhos e sair da UTI. Deixemos as eleições, manifestações e discussões políticas para o seu devido momento ao final do ano. E a partir daí que cada um faça sua campanha da melhor forma possível para o maior colegiado já visto até então no Clube.