Fora de casa, esquema tende a ser defensivo
Muito embora o técnico Renato Gaúcho ainda esteja começando seu trabalho, já é possível detectar alguns sinais de como o treinador gosta que o time se porte jogando fora de casa. Contra o Internacional, em Porto Alegre, quem comandava o time era o interino Leandro Niehues, que confessou ao término daquele jogo que Gaúcho influenciou na escalação do time, bem como nas alterações promovidas durante a partida. Naquele jogo, o atacante Edigar Junio era o único homem de referência, com um meio-de-campo povoado pelos volantes Deivid, Kleberson, Cleber Santana e os armadores Paulo Baier e Madson. Contra o Vasco, no último sábado, a alteração veio por conta da entrada de mais um volante (Robston) e o uruguaio Morro García isolado entre os defensores adversários.
Em ambas as partidas, após o sistema defensivo sucumbir, Renato Gaúcho tentou mexer na criação do time, apostando em jogadores mais agudos. No Rio Grande do Sul, saíram os volantes Kleberson e Cléber Santana, para as entradas do meia Branquinho e do avante Adaílton, respectivamente. Edigar Junio também foi pro vestiário mais cedo, com a entrada do argentino Nieto. Em São Januário, novamente Branquinho entrou em campo, em substituição ao volante Robston. O equatoriano Guerrón também participou do jogo no lugar do armador Madson, sendo que Santiago García também saiu para a reestreia de Marcinho.
Assim, é possível entender que, jogando fora, o técnico Renato Gaúcho pretende ter posse de bola com um meio de campo reforçado, explorando os contra-ataques. Para tanto, é necessário laterais que saiam rápido para o jogo e com qualidade, além do “matador” solicitado pelo técnico.