21 ago 2011 - 22h11

Renato: “O Atlético está pagando pelo passado”

Depois do empate diante do América-MG, que não estava nos planos do Atlético, o treinador Renato Gaúcho conversou com a imprensa e comentou sobre o resultado, que deixou o time novamente na zona de rebaixamento. Na opinião do técnico, a equipe rubro-negra merecia a vitória, mas pecou ao ceder o empate, mesmo tendo mais oportunidades na partida.

Renato também explicou porque não deixou o jovem atacante Pablo, que renovou esta semana contrato com o Atlético e foi integrado ao grupo principal, no banco de reservas. Além disso, o treinador comentou sobre a equipe que enfrenta o Flamengo, pela Copa Sul-Americana, na próxima quarta-feira, lamentou os tropeços do time nas primeiras rodadas e a falta de tempo para treinar, mas pregou um discurso otimista para o segundo turno. “Estamos se recuperando e daqui a pouco decolamos de vez”.

Confira abaixo todos os comentários do comandante atleticano:

O JOGO
“Comentei com vocês (da imprensa) e com o grupo, a gente não queria que isso acontecesse, mas poderia, até pela situação que o Atlético se encontra. Havia alertado os jogadores ontem e hoje na preleção, que o jogo não ia ser fácil e eles levaram à sério. Foi um jogo bem disputado, com muitas oportunidades de gols perdidos. Tivemos a vantagem de sair na frente com diferença de dois gols, tomamos um gol logo em seguida e, no final, faltando 10 minutos, tomamos o de empate, de cabeça, dentro da nossa área. Tenho que lamentar pelo que a equipe jogou. O time merecia a vitória”.

PABLO
“Concentrei o Pablo, ele esteve conosco na sexta, mas mal conheço ele, não conheço direito as características dele. Preciso vê-lo treinar, só assim vou saber das características e como posso aproveitá-lo. Hoje ele praticamente nem conhece o grupo, então fica difícil colocá-lo numa situação dessas. De repente ele vai mal e não é bom, ou, se vai bem, não é do dia para a noite que ele vira rei. Tem que saber lançar os garotos. Sei da necessidade, mas também não posso queimar o garoto. Ele é novo, mas para eu colocá-lo em campo preciso conhecê-lo melhor. A situação dele foi regularizada na quinta à noite, deixei ele no grupo para se ambientar. Mais cedo ou mais tarde ele vai ter a chance dele”.

ERROS
“Todo mundo comete erros e os treinamentos servem para isso, para erramos o menos possível. Se ninguém cometesse, ninguém faria gol, então são coisas que infelizmente acontecem. Procuramos corrigir no vídeo, mas o que não pode acontecer é ceder o empate tendo feito dois gols, apesar de que alertei o grupo. Eles tiveram atenção durante os 90 minutos, mas do outro lado tinha um adversário que está com a corda no pescoço, era a vida deles. Não tem jogo fácil. O Atlético, sob o meu comando, jogou 10 jogos, ganhou 16 pontos. Ele não está pagando pelos últimos 10 jogos. Não tiro o mérito do grupo, que é só deles. Dos 30 pontos, eles ganharam 16. Se antes, dos 24, eles tivessem ganho cinco ou seis, onde o Atlético estaria hoje? O Atlético vai nadar contra a maré durante um bom tempo. Ele está pagando pelo passado. Pelo presente não tenho o que reclamar. mas não é porque voltamos para a zona de rebaixamento que vou achar que as coisas estão erradas. Eles estão bem em todos os sentidos. Claro que não gostaríamos disso (voltar à ZR), mas todo mundo está muito junto no campeonato, qualquer tropeço você volta, é assim mesmo”.

DESFALQUES
“Tenho um grupo que sempre vou elogiar e defender. O Fabrício e o Deivid são bons jogadores, que fazem parte do grupo. O Rafael e o Wendel não comprometeram. Não adianta lamentar ausência de A, B ou C, eu tenho que dar moral pra quem lutou e brigou em campo. Tivemos oportunidades para matar o jogo, não matamos e infelizmente deixamos escapar dois pontos importantes dentro de casa”.

FALTA DE TEMPO
“Essa dificuldade é a maior que temos, a falta de tempo para trabalhar. Sempre que podemos a gente procura aproveitar, mas é muito pouco. Desde a minha chegada tivemos muitos problemas para resolver. Por isso que falo, a campanha do Atlético, desde a minha chegada, é ótima. Estamos pagando pelo passado. Temos jogos quarta, domingo, quando não é pelo Brasileiro é a Sul-Americana. Por isso coloco duas equipes em campo. Se eu coloco só uma para disputar as duas competições daqui a pouco vou perder jogadores importantes e as dificuldades serão maiores. Nada contra a Sul-Americana, mas a nossa prioridade é o Brasileiro”.

COPA SUL-AMERICANA
“Para o jogo contra o Flamengo vocês vão vir uma equipe parecida com a que jogou lá no Rio de Janeiro. Quem muito quer nada tem, então não podemos jogar com a mesma equipe. A equipe lá se comportou bem, agora o nosso pensamento é quarta-feira, depois pensamos no clássico, que tem toda uma rivalidade e aqui no Paraná não é diferente. Mas é uma coisa por vez. Independente do resultado de quarta a prioridade continua sendo o Brasileiro”.

ATACANTE
“O América é o último colocado e tem quatro jogadores de área. A diretoria está se mexendo, tenho conversando com eles. O problema maior do Atlético foi a demora em contratar. Os jogadores foram se empregando e os já empregados não largaram seus times. Aí não sobrou ninguém. Não é que a diretoria não queira contratar, o problema é encontrar mesmo. Por isso que falei, o sofrimento é grande. No momento que você quer ir pra dentro do adversário, não tem um jogador com estas características, fica mais difícil. Mas vamos continuar lutando, o torcedor está de parabéns, é isso que queremos. O Atlético está fazendo uma campanha ótima, só que pagamos pelo passado. Não estou culpando ninguém, só falo da falta de pontos. De 24 pontos é inadmissível ganhar apenas um. E o Atlético vai pagar durante o campeonato. Estamos se recuperando e daqui a pouco decolamos de vez”.

ADVERSÁRIO
“Sabíamos do potencial deles, eles viram que era o jogo da vida deles. Eu havia alertado os jogadores ontem. Conseguimos fazer os dois gols na frente e prejudicou porque tomamos o primeiro gol logo em seguida do segundo, aí eles ganharam mais um gás, respirou e veio pra dentro. Tivemos mais oportunidades, mas eles foram mais felizes e conseguiram o empate”.

SEQUÊNCIA
“Eu faço o meu trabalho. Não é porque empatamos que vai ter desespero. Tive isso quando cheguei. Mas sob meu comando, foram 10 jogos, 30 pontos e ganhamos 16. É uma campanha ótima e vai continuar. O trabalho está no caminho certo, o grupo é bom. Enquanto não conseguirmos esse atacante, vamos brigando com esses jogadores. Não vou ficar me lamentando. O importante é dar moral ao grupo, continuar o trabalho e buscando os pontos. Não é nada fácil não tem jogo fácil, seja dentro ou fora de casa”.



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