29 ago 2011 - 11h25

Primeiro turno na ponta do lápis

Não foi bem o primeiro turno que a torcida atleticana esperava. Neste domingo, o Campeonato Brasileiro chegou à sua metade e, depois de 19 rodadas, o Atlético termina sua participação na primeira fase da competição figurando entre os últimos colocados, abrindo a zona de rebaixamento. Agora, prestes a recomeçar a segunda fase da competição, a torcida atleticana espera um rendimento infinitamente melhor no segundo turno.

A esperança dos torcedores atleticanos de uma campanha melhor no Brasileirão é baseada na recuperação do time nas últimas rodadas, já que, historicamente, o Atlético tem um rendimento melhor no segundo turno do campeonato nacional. Para isso, a equipe atleticana contará com o apoio da nação rubro-negra, que continuará apoiando o time nas arquibancadas, mas sempre cobrando raça e garra em campo.

No primeiro turno do Campeonato Brasileiro, o Atlético em 19 jogos conquistou quatro vitórias, seis empates e sofreu nove derrotas, marcando 20 gols e levando 28, tendo um aproveitamento de 31,6% dos pontos disputados. A campanha deixou a equipe na pífia 17ª colocação do campeonato. Porém, considerando apenas as 11 últimas rodadas, desde a estreia do técnico Renato Gaúcho, o Furacão possui o sétimo melhor aproveitamento.

Jogando em casa, o Furacão teve três vitórias, quatro empates e duas derrotas, assinalando 11 gols e sofrendo 11, tendo aproveitamento de 51,8%. Já fora de seus domínios, o time conseguiu um empate, apenas uma vitória e acumulou sete derrotas. Sofreu 17 gols e assinalou oito, em um aproveitamento de 14,8%.

Adilson Batista comandou o Furacão em seis partidas, com um empate e cinco derrotas, sofrendo 10 gols e marcando apenas um. Com apenas um ponto conquistado em 18 disputados, o time teve um aproveitamento de apenas 5,56%. Diante disso, Adilson pediu demissão após a derrota para o Bahia, na Arena, por 2 a 0. Enquanto procurava um novo técnico, o então auxiliar Leandro Niehues comandou duas partidas fora de casa, perdendo para Fluminense e Internacional.

Com a chegada de Renato Gaúcho, aos poucos, a reação atleticana começou, fazendo o time resgatar a confiança e o abalo psicológico. Foram conquistados 17 pontos, com quatro vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas, com aproveitamento de 51,52%.

Confira abaixo alguns fatos prós e contras da campanha do Atlético, além de curiosidades extras:

Prós:

– Depois de chegar ao Furacão com 57% da aprovação dos atleticanos, Renato Gaúcho deu outra cara ao time do Atlético. Mesmo precisando consertar a zaga atleticana e sofrendo com a falta de um atacante de área, o treinador até aqui vem justificando o alto investimento da diretoria rubro-negra. Aparou as arestas, uniu o grupo, deu ritmo de jogo a atletas como Kleberson e Cleber Santana e é o principal responsável pela melhora do time, na opinião de 58.7% dos torcedores, segundo enquete da Furacao.com.

– Depois de um ano e meio jogando no futebol árabe, Marcinho voltou ao Atlético em boa forma e vem fazendo ótimas partidas, dando assistência e fazendo gols.

– O volante Cleber Santana foi outro jogador que cresceu junto com a melhora do time atleticano no Campeonato Brasileiro, exercendo a liderança sob o grupo como capitão e ditando o ritmo do meio-campo rubro-negro. Recentemente, Renato Gaúcho creditou ao volante parte da arrancada do time na competição.

– O Rubro-Negro fez boas partidas contra grandes times do futebol brasileiro, que estão atualmente brigando pelo título do Campeonato Brasileiro. Em jogo emocionante, o Atlético superou o badalado Santos, vencendo por 3 a 2 na Arena da Baixada. Ganhou também do Cruzeiro e empatou com Corinthians e São Paulo.

Contras:

– A estreia atleticana no Brasileirão foi traumatizante. Jogando fora de casa com o Atlético-MG, a equipe de Adilson Batista atuou com quatro volantes e perdeu por 3 a 0. Foi a pior estreia em Campeonato Brasileiro desde 1993, quando perdeu em casa, pelo mesmo placar, para o União São João.

– Demorou sete rodadas para o Atlético chegar ao segundo gol no Brasileiro, quando marcou na derrota diante do Fluminense. O primeiro gol havia saído no empate com o Flamengo, gol de Madson. Sete jogos depois, o ex-júnior Edigar Júnio marcou no final do jogo o gol de honra no Engenhão.

– O Atlético perdeu pontos para todos os principais concorrentes diretos na luta contra a zona de rebaixamento. Além de perder para o Galo por 3 a 0, o Furacão apenas empatou com o lanterna América-MG e com o Avaí, 18º colocado, e perdeu para o Bahia, 16º, e para o Grêmio, 15º, todos na Arena da Baixada.

– A falta de um matador. O uruguaio Morro García marcou apenas dois gols e, machucado, desfalcou o Furacão nos últimos três jogos do primeiro turno. Nieto, que seria opção para o setor, sofreu grave lesão no tornozelo e não joga desde a 9ª rodada. Com isso, os artilheiros atleticanos têm apenas três gols cada. São eles: o volante Cléber Santana, o meia Marcinho e o atacante Edigar Junio.

Curiosidades:

– Entre os jogadores do Rubro-Negro, o mais indisciplinado é o jovem volante Deivid, cão de guarda do meio campo atleticano, que recebeu seis cartões amarelos em 17 jogos. Depois vem o meia Madson, que recebeu cinco. Em 19 rodadas, o Atlético teve apenas dois jogadores expulsos: o zagueiro Gustavo Lazaretti e o lateral-direita Rômulo, que não está mais no clube.

– O Furacão tem o 4º pior ataque do campeonato: foram 20 gols pró em 19 jogos – média de 1,1 por partida. Os artilheiros da equipe são o volante Cleber Santana, o atacante Edigar Junio e o meia Marcinho, com três gols cada. O zagueiro Manoel, o volante Kleberson, o meia Madson e o atacante Morro García marcaram dois gols. Também balançaram as redes para o Furacão o lateral-direita Edilson, o zagueiro Fabrício e o volante Fransérgio.

– O Atlético tem a 6ª pior defesa do Brasileirão: foram 28 gols em 19 partidas – média de 1,5 por duelo. Com isso, o Rubro-Negro supera apenas Avaí, América-MG e Atlético-MG no quesito defensivo.

– O empate entre Atlético e Corinthians teve o melhor público na Arena da Baixada até aqui: 25.334 pessoas assistiram ao jogo, válido pela 15ª rodada. Antes, o melhor público havia sido o jogo contra o Santos, duas rodadas antes, com a presença de 20.461 pessoas.

– Os jogadores que mais atuaram com a camisa atleticana no primeiro turno foram o meia Madson, com 18 jogos, e o zagueiro e volante Deivid, com 17.

– Em meio à terceira rodada do Brasileirão, o Atlético anunciou a contratação mais cara da história do futebol paranaense, o atacante uruguaio Santiago García, que veio do Nacional. O Atlético pagou US$ 2 milhões por 50% do passe, além de 1,7 milhão de euros pelos outros 50% no prazo de dois anos.

Ascensão na reta final

No primeiro turno, o Atlético figurou na zona de rebaixamento durante 18 rodadas, permanecendo fora apenas uma vez, quando venceu o Cruzeiro na Arena da Baixada, por 2 a 1.

Porém, a esperança para os atleticanos de uma melhor campanha no Brasileirão é baseada na história e na impressionante recuperação do time nas últimas rodadas. Historicamente, o Atlético tem um rendimento melhor no segundo turno do Campeonato Brasileiro. Além disso, o time terminou o primeiro turno com uma invencibilidade de sete partidas sem perder na competição.

Confira abaixo o desempenho do Atlético no primeiro turno desde 2003, quando o Campeonato Brasileiro passou a ter a fórmula por pontos corridos:

– 2003: 18º lugar – 37,68%
– 2004: 5º lugar – 55,07%
– 2005: 15º lugar – 39,68%
– 2006: 15º lugar – 38,88%
– 2007: 16º lugar – 38,59%
– 2008: 14º lugar – 35,08%
– 2009: 13º lugar – 42,11%
– 2010: 7º lugar – 47,4%
– 2011: 17º lugar – 31,6%



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