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7 set 2011 - 15h37

Cartas na mesa

Apesar de não gostar de ‘baralho’, algumas ditados referentes ao carteado fazem parte da minha filosofia de vida.

Porém, tudo tem seu lado positivo: eu não gosto, pra mim não serve, mas para alguma coisa deve servir. Então, sendo assim, vai aí a frase: ‘se não consegue formar o jogo, descarte e tente mudar a mão’. Taí uma a coisa boa, a filosofia (bonita até no nome, vide Rafael Lemos).

Pois é! Tem vezes na vida que a gente fica insistindo com o mesmo jogo que não dá certo e nos prendemos na mesma besteira. E para mudar é preciso coragem, determinação e desprendimento.

O que vemos no Furacão é isso: a mesma mão, a tentativa de mudar o jogo cometendo o mesmo erro seguidamente, compra-se uma carta nova a cada fracasso, é jogador que não encaixa, é técnico que não resolve, as ‘cartas não combinam e o jogo vai terminando’.

Enquanto isso as fichas vão pro beleléu, o adversário vai faturando, os papagaios de pirata, muito comuns nas mesas de cassinos (a gente vê isso nos filmes de Hollywood), vão se deliciando com cada rodada. O jogador ‘the gambling man’ nervoso fuma, bebe, roeu as unhas até a cutícula, nada resolve.

Todos à sua volta veem que comete o mesmo erro, mas ele insiste na sua estultícia. Desesperado, ele clama por um curinga que fará com que todos se curvem a sua tática; mas ele, o curinga não vem, estão todos nas mãos do oponente.

Por fim sai derrotado, sem nenhuma ficha, cabisbaixo, o jogo pra ele terminou. Deveria ter descartado, dispensado aquelas cartas que não davam jogo, jogado no monte, no lixo… sei lá… mudado o jogo desde o início. Agora é tarde.

Triste é saber que de aposta em aposta, a cada rodada, o grande jogador de Poker da primeira divisão vai se transformando em um simples jogador de ‘Mico Preto’ da segundona.

Nos restam poucas fichas, poucas cartas. Porém, somos ATLETICANOS, temos que acreditar até a última rodada.



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