A inércia da mediocridade
Que mediocridade é sinônimo de medianidade é notório. Mas, para os desconfiados, é também conceituado como o que nem cheira, nem fede. E, infelizmente, é assim que se resume a maioria dos jogadores do Atlético.
Não há outro adjetivo senão medíocre para resumir jogadores como Cléber Santana, Edílson, Rafael Santos e Madson. Nosso capitão é, talvez para mim, o maior exemplo da mediocridade no elenco. Ele recebe a bola. Gira para se desvencilhar da marcação.
Leva a bola ao ataque com habilidade. E quando o torcedor atleticano se enche de esperança com a boa jogada, ele sempre toca errado para o atacante. Sempre peca no momento crucial. Mesmo quando fez seus dois gols salvadores pelo Atlético, os fez em partidas em que vinha desempenhando um futebol medíocre.
Madson é rápido e habilidoso, mas nunca cria uma jogada, só entrega a bola para o adversário. Rafael Santos é alto e bom nas bolas aéreas lançadas na área, mas é mais lento nos pés do que o afastamento dos continentes. E o que dizer do Edílson, que faz gol de falta, dá um drible desconcertante no adversário, se diz especialista na bola parada, mas nunca sequer fez uma partida convincente? Medíocre.
Honrosas exceções para os piás da casa Renan Rocha, Deivid e Manoel. Esse último, embora tenha falhado algumas vezes esse ano, nunca foi medíocre. Sempre demostrou força e disposição na maioria de suas partidas e, se falha, é porque é zagueiro. Afinal, quando o atacante falha, é só um gol perdido. Se o volante falha, a culpa é da defesa toda. Mas quando um zagueiro falha, fica o estigma.
E, por fim, um só jogador que não merece estar no grupo dos medíocres, Rodriguinho. Este ainda teria que melhorar muito para ser chamado de medíocre, tamanha é sua deficiência técnica. Pois, vale salientar, o medíocre ainda serve, serve de banco, mas serve. Porém, é triste dizer que, em um elenco de quase trinta jogadores, somente três não são medíocres.