“Minha consciência está tranquila”, rebate Paulo Rink
Em meio à turbulência que vive o Atlético, tanto dentro quanto fora de campo, os torcedores rubro-negros receberam ontem a notícia que Paulo Rink, ex-jogador ídolo do Furacão nos anos 90, não responde mais pela gerência de futebol do clube. Segundo o presidente Marcos Malucelli, o motivo do desligamento seria a participação de Rink em um torneio de poker durante a viagem da delegação para Florianópolis, onde a equipe acabou sendo derrotada pelo Avaí.
Porém, no mesmo dia em que deixou a gerência de futebol, Paulo Rink concedeu entrevista ao blog Bola no Corpo, do jornalista Leonardo Mendes Junior, e falou sobre os motivos de sua saída e de como era sua atuação dentro do clube.
“Meu papel é de gestor de contratos em prol do Atlético e, enquanto gerente de futebol, realizei a renovação de contratos de jogadores da base que hoje estão no profissional, negociei empréstimos de jogadores para reduzir substancialmente a folha de pagamentos do Clube. Usando minha experiência e contatos no mundo do futebol, consegui atingir com muito êxito. Prospectei alguns contatos internacionais com empresários e clubes interessados em conhecer nossos jogadores. Opinei sobre os jogadores quando perguntado. No início até trouxe algumas opções de nomes, mas a maioria da vezes minha opinião não prevaleceu e quando percebi que a linha de decisão era muito diferente da minha, em termos de contratação, não forcei e tratei de cumprir as metas que me foram dadas. Tentei mudar algumas situações contratuais desfavoráveis ao Atlético, mas esbarrei em empresários que se recusavam a falar comigo pois, sabendo que entendo do assunto, preferiram ir por outros caminhos. Minha consciência está tranquila pois tudo que me foi passado como responsabilidade e meta eu cumpri. Fiz isso como jogador, faço isso na minha vida empresarial e repeti dentro do futebol do Atlético”, explicou.
Contratado para o lugar do então gerente Ocimar Bolicenho, Rink lamentou não poder ajudar o Atlético como gostaria, já que afirmou que sua opinião não era ouvida. “Sou obrigado a dizer que não pude ajudar como poderia, mas todas minhas decisões foram sempre em prol do Atlético, às vezes até pondo em risco aspirações pessoais e minha imagem como ídolo da torcida, que sei que não foi abalada, mas isso fica em segundo plano, pois amo acima de tudo a família e o Atlético”, esclareceu.
Rink ainda falou sobre o episódio envolvendo sua participação no torneio de poker, já que não estava acompanhando a delegação no último final de semana, mas sim, acompanhando um dirigente de um clube alemão. “O poker para mim é um hobby, não uma profissão. Jamais participaria de algo assim se entendesse que de alguma forma prejudicaria minha equipe e principalmente o Clube do coração. O Atlético é minha prioridade e tenho certeza que não o prejudiquei. Cancelei toda minha programação de torneios do segundo semestre desse ano para dar total prioridade para o Atlético”.
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