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O atacante Morro García pode voltar a ser relacionado para atuar pelo Atlético-PR já na partida contra o Corinthians, no próximo domingo. A informação foi confirmada pelo presidente do Furacão, Marcos Malucelli, que apenas aguarda um ofício da CBF para liberar o atleta – que foi barrado pelo próprio dirigente.

García foi envolvido num suposto caso de doping no Uruguai, seu país de origem, quando atuava pelo Nacional. Com a indefinição, a direção do Atlético-PR optou por afastar o atleta até que um advogado especialista no assunto retornasse com informações mais precisas sobre a situação do jogador.

Segundo Malucelli, o laboratório que acusou García de doping não é credenciado pela World Anti-Doping Agency (Wada), portanto a análise não teria validade em âmbito internacional. “É um laboratório pequeno ainda, não teria condições de dar um atestado que não gerasse dúvidas. Levou quatro meses para fazer um exame que leva-se normalmente 30 dias”, afirmou o dirigente.

O presidente também explicou que no Uruguai, quem aplica a punição é o Ministério dos Esportes, e que a penalidade é a cassação do registro de saúde do jogador, requisito para que ele esteja apto a jogar no país. Portanto, a punição não poderia se estender além do território uruguaio.

Desta forma, o jogador, que não treinou nesta terça-feira, pode ficar à disposição do técnico Antônio Lopes para a sequência do campeonato. García, a contratação mais cara da história do clube, goza de grande confiança de Malucelli, que acredita que falta ao jogador apenas adaptação ao futebol brasileiro.

“Nós temos que acreditar, porque ninguém faz gols como ele fez e se torna artilheiro do Campeonato Uruguaio à toa.Tem que se dar um tempo para o jogador se adaptar aos costumes locais, à propria forma de jogar aqui, que é diferente”, disse o presidente, que citou exemplos do próprio Atlético-PR, como David Ferreira e Edwin Valencia, além de jogadores como Martinuccio e Conca, como jogadores que tardaram a se acostumar com o futebol brasileiro.