Acima dos candidatos está o futuro do Atlético
O compromisso do atleticano e homem de negócios (c0mo ele mesmo se intitula) Mário Ceso Petraglia é terminar as obras da Arena da Baixada, nos padrões exigidos da Fifa, por 180 milhões de reais, até dezembro do ano que vem, par5a inaugurar em março de 2013. Foi para isso que ele se apresentou ao clube, propôs uma Sociedade de Propósito Específico (SPE), aprovou seu projeto e assumiu a presidência da empresa criada para tocar estas obras. Inclusive é sócio (minoritário) desta SPE.
Porém, agora ele quer ser presidente do clube, para ‘salvar a instituição’ e ‘tornar o CAP gigante’.
Na verdade, o que os atleticanos de bom senso esperam é que ele cumpra a palavra dada e honre o compromisso de tocar a obra, sem querer ser presidente do clube, o que o coloca na delicada situação de fiscal dele mesmo, neste empreendimento tão importante. Sem duvidar da idoneidade de alguém, mas não parece correto ser o dirigente da obra e dirigente do clube, que tem a obrigação de bem fiscalizar a gestão da obra.
Nas discussões nas redes sociais, até o momento, o foco é o rebaixamento – que é fato passado, sem solução a não ser vencer a Segundona ou classificar o Atlético entre os quatro primeiros daquela divisão no ano que vem.
Tanto a volta para a Primeira Divisão, como a conclusão da Arena são obras hercúleas, que exigirão dedicação integral de quem for responsável pelo clube e pelas obras. Não pode ser a mesma pessoa. Não tem como fazer as duas coisas, ao mesmo tempo, da melhor forma possível.
Quero mais é que Petraglia primeiro cumpra seu primeiro compromisso e maior promessa: terminar a Arena no prazo e no orçamento, com a qualidade exigida. Se cumprir esta promessa, pode vir a ser presidente depois, daqui 3 anos, depois da Copa.
Hoje, pelo que vi e li até agora, a proposta de gestão colegiada de Fornéa e Fadel é mais consistente. Além disso, a obra precisa ser feita cumprindo o orçamento e isso, todos sabem, não pode ser fiscalizado pelo construtor. Quem já construiu sabe disso…vai acabar saindo bem mais caro.
E o Atlético não pode e não tem como se endividar, só por causa da Copa do Mundo (que tem toda a arrecadação para a Fifa).
No orçamento aprovado, com a participação do Estado e da Prefeitura (com o potencial construtivo), faremos a Arena da Baixada com o menor custo de estádios da Copa no Brasil e não iremos endividar o nosso clube.
Administrar o Atlético e escolher quem vai cuidar dos próximos três anos exige este tipo de responsabilidade, de todos os sócios com direito a voto.
Não pode ser na base do oba-oba e da promessa fácil. E ninguém é super-homem.
Por isso, recomendo ler os planos de gestão das duas chapas – antes de ficar discutindo qualidades e defeitos dos candidatos – para poder escolher o melhor para o Atlético.
Acima de todos nós está o Clube Atlético Paranaense, que queremos sempre bem administrado, sem dívidas e vencedor.
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