Petraglia voltou como foi
Ontem Petraglia voltou ao poder no Atlético. Com uma retórica insosa, em tom extremamente sonolento e com rompantes de agressividade e soberba, Petraglia mostrou que é mais do mesmo, voltou como foi há cerca de 3 anos atrás.
Quem tem boa memória lembra do discurso de posse do Requião em janeiro de 2007. Ontem o discurso do Petraglia foi idêntico, com o mesmo tom de voz, falou da honra, do caráter, da ética, dignidade, dos compromissos, atacou a imprensa e só faltou citar a carta de Puebla.
Algumas coisas me chamaram a atenção. Uma é que ele afirmou que chegou ao Clube em 1995. Está registrado em ATA, Petraglia foi levado ao clube no início da década de 80, sendo, inclusive, Diretor Financeiro do Clube na Gestão Moura. Esquisito mentir assim tão descaradamente.
Outra questão é em relação aos títulos. Da proposta de campeão do mundo só restaram as cinzas. Pura falácia eleitoral. Petraglia assumiu dizendo que vai disputar títulos, claro é obrigação do clube, mas não prometeu nenhum título. Citou o Corínthians que em 40 campeonatos só ganhou 4, ou melhor, perdeu 36, mostrando o quanto é difícil ser campeão Brasileiro.
Atacou a imprensa e principalmente a Globo e sua afiliada, o Grupo GRPCom. Como todos sabem o principal ativo comercial para captação de patrocínios no mercado esportivo é a exposição de mídia. É com ela que o clube demonstra a viabilidade financeira em um investimento publicitário caro como o futebol. Ora, se ele assumiu atacando a imprensa presume-se que as agências de Marketing Esportivo e de Publicidade, detentoras das contas das empresas que investem no negócio futebol, pensarão inúmeras vezes antes de patrocinar o Atlético. Puxarão o histórico do Petraglia e verão que ele foi capaz de proibir as transmissões do Atlético em rede estadual, piratear o mesmo campeonato transmitindo por uma TV Web no site do Clube, não entregar um troféu de campeão dentro do seu estádio desrespeitando toda e qualquer ética do esporte, sendo o clube em sua gestão igualado ao Vasco de Eurico Miranda, na época frente ao Vasco, como os clubes mais antipáticos do Brasil.
Ontem, mesmo querendo dormir com o tom insoso e monótono do discurso, ouvi inteiro pela Banda B (por pouco não ouvi pois Petraglia mandou barrar a imprensa no portão do CT em seu primeiro surto ditatorial), me propus a acreditar no que foi dito. Mas como escrevi acima, escutei Petraglia vendo o Requião em minha frente e os dois são iguais em seu discurso. Temo que as ações do Petráglia sejam as mesmas do Requião, muito blá-blá-blá, muito soco na mesa, atitudes ditatoriais e com as tais promessas de campanha ficando apenas na campanha.
Saudações Rubro Negras a todos e que tenhamos um 2012 bem diferente no futebol, vamos rezar por isso.