Lembro como se fosse hoje, o primeiro jogo na TV. A expectativa da família reunida em torno da mesma, afim de, ver o jogo.

Muita festa e o resultado ajudou o churrasco aqui e casa. Família contente e projetando a grande finalíssima, claro, o título estava muito mais real que esperávamos.

Com o desempenho extraordinário de Alex Mineiro nas fases finais daquele Brasileiro, creio que já sabíamos que o caneco seria nosso.

Segunda, após a primeira partida, veio a realidade. Cheguei na empresa e vejo na escala que eu poderia ir a São Caetano. Imagine a felicidade.

Os dias seguintes daquela memorável semana pareciam longos, os preparativos estavam sendo finalizados para a viagem a São Caetano.

Mas dizem que pobre realmente não tem sorte. Não é que mudaram a escala justamente na sexta-feira, coincidência de meu chefe ser coxa? Prefiro acreditar que não. De qualquer forma, sem meios de mudar e como eu exercia um cargo num setor onde não se pode ter falta e que funciona direto, perdi a viagem.

Chegou enfim o domingo, chateado fui trabalhar naquela histórica tarde, entre a rotina do trabalho em que nem TV podíamos ver, ficou ao rádio a função de me alegrar. jogo Duro, afinal, o time adversário também tinha méritos de estar na final.

Tudo era festa, afinal, o empate era nosso. O painel de controle do Reator acusa falhas, tenho q sair da sala de comando para ir averiguar. Saí da sala e fui ver, subindo o reator, eis que ouço fogos, esqueci as falhas e voltei correndo para a sala de comando, e não é que saiu o gol do Alex.

Fiquei na sala de comando até o final do jogo, o alarme disparando, ainda bem que eram secundários e não vi a hora de sair e ir ao encontro do mar vermelho e preto na frente do Joaquim Américo.

Acho que o destino não me deixou ver o jogo final e nem ir ao estádio no primeiro jogo da mesma, mas a vibração e a emoção ao ouvir no rádio, me remetem ao tempo que eu frequentava os outros estádios da capital ouvindo o saudoso Lombardi Junior gritar: ‘ disparou… ATLÉTICO’. Bons tempos….