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21 dez 2011 - 18h50

[Promoção Brasileiro 2001 – 10 anos] Chorando pelo time com 9 anos de idade.

No dia 16 de dezembro de 2001, estávamos eu (com 9 anos), meu pai e minha mãe na sala de casa assistindo o jogo contra o São Caetano. Quando o juiz apitou o jogo, vi meu pai chorando e perguntei para ele por que estava chorando. Ele então me respondeu: “Filho, nosso time esta a uma vitória de ser Campeão Brasileiro de Futebol”. Eu, mesmo sem saber o que era ser Campeão Brasileiro, chorei com ele.

No dia 22 de dezembro, me lembro de ter ouvido falar que teria uma festa na frente da Arena para assistir ao jogo. Corri no meu pai para pedir para ele me levar (pedi para ele como se fosse meu maior presente de natal, mas este estava por vir). Ele aceitou me levar.

Dia 23 de dezembro, acordei e a primeira coisa que fiz foi vestir a camiseta do meu time de coração, Clube Atlético Paranaense e, logo em seguida, fui acordar meus pais.

Finalmente a hora de ir para a frente da Arena chegou. Não conseguimos ficar perto dos telões que lá estavam, mas o pessoal ao redor nos deixava ‘informado’ do que acontecia.

Eu ficava pensando, quanta gente querendo querendo ser campeão brasileiro. Me lembro da torcida presente comemorando o fato do jogo começar.

Me lembro também da torcida durante o primeiro tempo. Uma mescla de nervosismo, ansiedade e felicidade. Eu, uma criança no meio de tanta gente não entendia o porque de tanta ‘explosão de sentimento’.

O primeiro tempo acabou 0x0, meu pai me colocou sentado no seu ombro e falou pra mim: Filho, faltam 45 minutos para sermos Campeões.

Começou o segundo tempo, a criança de 9 anos começou a ficar inquieta. Até que pedi para comprar um refrigerante. Meu pai me deu o dinheiro, fui, comprei e sentei no meio fio para tomar.

De repente, eu vi todo mundo fazendo a famosa expressão: ‘uuuuh’. Não deu nem para terminar de ouvir o ‘uuuh’ e todo mundo começou a pular, jogar cerveja pro alto. Alguém esbarrou em mim e eu derrubei meu refrigerante no chão e comecei a chorar. Meu pai veio correndo me pegou no colo e falou: ‘Filho, o Atlético está ganhando!’.

O meu choro que era pelo refrigerante, começou a ser igual ao do meu pai, pela alegria de ser um Campeão.

Por fim, lembro de escutar uma única palavra do Galvão Bueno: ‘Acabou’. E aquele mar de camisas rubro-negras na frente da Arena da Baixada, virou a maior festa que eu podia imaginar. Foguetes, chuvas de bebidas, gente que nem se conhecia se abraçando e gritando: É campeão!



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