Dia 23/12/2001 para mim pode ser definido como “inesquecível”.

Ainda não morava em São Paulo, mas em Curitiba e, como minha mãe já morava aqui há 4 anos e tinha amigos em Santo André, ficou mais fácil para eu ir à final.

Naquele dia, nos reunimos em Santo André para um “churrascão” às vésperas da partida. Era eu e minha mãe éramos os únicos atleticanos de coração e de origem, os demais, corintianos, são-paulinos e palmeirenses torcendo pelo São Caetano. Fui junto com outros 5 desses “torcedores” para o estádio ver minha primeira decisão a nível nacional do Furacão. Antes de sair para o estádio, a mãe do meu amigo cantou a bola, dizendo: Você é o único que vai voltar feliz hoje!”

Chegando ao estádio, por sorte eu iria encontrar meu primo que tinha vindo de Curitiba, mas tive o imprevisto de não consegui entrar pela torcida do Atlético. Não sabia como fazer para entrar e meus amigos também não me ajudaram. Bateu um desespero! Logo naquele dia tão importante eu iria assistir o Furacão na torcida do adversário? Não poderia ser. Quase na metade do 1º. tempo, fui até a divisa entre as torcidas, conversei com o PM e lhe perguntei se poderia passar para a torcida do CAP, graças a Deus ele deixou passar. Passei por debaixo da arquibancada de metal montada para o jogo e pude ver o Furacão jogar no meio da galera rubro-negra.

Mas ainda faltava encontrar meu primo, afinal de contas uma emoção tão grande era uma crueldade senti-la sozinho. Passei o olho pela torcida do Atlético e consegui encontrá-lo! Estava há alguns lances de arquibancada acima. Quando saiu o gol do Alex então, o coração foi a 1000. Chorei como uma criança. Ter todo esse trabalho para chegar à torcida do CAP, , toda a gozação, valeu quando saiu esse gol. Foi uma emoção única, inigualável, a qual nunca irei esquecer.

E como me foi dito, fui o único a voltar para casa feliz.