De novo e outra vez
Mais uma vez iniciamos o ano sem novidades, sem reformulação no elenco e com o mesmo discurso ensaiado. Até o site continua com as mesmas notícias ‘café com leite’, como as gloriosas conquistas da Escolinha Tal, o valoroso desempenho da equipe sub-5 num campeonato qualquer do mundo e fotos dos atletas se espichando na maravilhosa academia do estrondoso CT.
Chega dos mesmos. Petraglia, Malucelli, Malucelli e Petraglia. Não nos interessa quem está de terno Armani posando de revolucionário. O que queremos é TIME, jogadores de qualidade, novidades, ir no aeroporto e trazer o cara no ombro, coletiva com a imprensa se estapeando para conseguir uma palavra.
Mas não. O que temos é mais do mesmo. De novo e outra vez o papo é: ‘o treinador tem que fazer uma análise e blá, blá, blá.’ Quer uma análise agora, Carrasco? Disso que tá aí, fica com o Renan, o Manoel, o Heracles, o Deivd, o Victor Esquerdinha e o Pablo. Manda o resto embora, coloca o Baier de Assistente Técnico e começa do zero. Perca o Paranaense, mas monte uma coisa nova, um jeito novo.
Desde 2005, (sim senhores, desde 2005) jogamos um futebol burocrático, de bola na área e abafa. O time que disputou a Sul-Americana de 2006 se aproximou de um futebol um pouco mais decente, mas foi desmontado. Ver o Atlético jogar é um exercício de paciência e controle de raiva. Vai dizer que 10 segundos após acabar cada jogo nosso, independentemente do resultado, não dá vontade de chutar na boca a pessoa que tiver mais próxima?
Espero que a revolução ainda ocorra. Que saibamos onde vamos jogar. Que saibamos quem vai jogar e que esses saibam porque jogam.