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15 jan 2012 - 15h39

Enfim uma manifestação sensata

Na Tribuna o Presidente lamenta as saídas de Patrick e Fransérgio: ‘Eles não aceitaram renovar porque foram queimados, maltratados e desrespeitados’, afirma.

Corretíssimo! se ao invés de gastarem uma fortuna com Guerrón dessem continuidade ao Patrick ganharíamos duas vezes: com o que gastamos com o equatoriano e o que deixamos de ganhar com o retorno (em campo e em tesouraria) com o retorno que certamente nos proporcionaria. Mais alto, mais veloz, disciplinado, com melhor técnica, com espírito de coletividade, … em tudo e em todos os fundamentos Patrick bem superior.

Mas para abrir espaço ao equatoriano lá foi ele emprestado ora para um time da 2a. divisão da Turquia, depois para um time de Bielorússia, após para não lembro quem e por último, consta, ao Fortaleza.

Com Fransérgio um pouco diferente. Em vez de se fixá-lo como volante era escalado ora zagueiro, ora lateral, ora meia de ligação, até centroavante, ora sequer relacionado para a concentração e acrescentando-se aí um glorioso empréstimo ao Paraná Clube. Como se firmar titular desse modo, apesar de seus predicados?

Com ambos deveria ter sido feito o que com o Deivid se fez e o resultado aí está.

Não se deixe de censurar, porém, parcela de culpa a considerável parte da torcida que não teve paciência com os dois jovens atletas citados.

Registro que o aqui escrevi sobre o Patrick é quase reprodução do que escrevi há dois anos e meio. Na ocasião também sobre o promissor Gerônimo, lateral direito forte, rápido, habilidoso, também oriundo da base, que era a solução para essa posição crõnica e que por falta de oportunidade e continuidade sumiu, emprestado por aí aos Duque de Caxias da vida.

Hoje podemos dizer que atletas promissores como Guilherme Batata, Bruno Costa, Edgar junio (porque não apenas Edgar?) caminham para o mesmo destino – ou caminhavam pois o Presidente como se vê da entrevista detectou a anormalidade.

Outra coisa que jamais entendi em relação aos atletas de base são os sistemáticos empréstimos para o Porto de Caruarú ou Guanabara do Rio de Janeiro (que campeonato mesmo disputa esse time?)

Outra anomalia que deve ser extinta e essa de emprestar atletas recém saídos da base para Ituano, Ferroviária… para disputarem o campeonato paulista seja lá de que divisão for, na expectativa de que lá se revelem.

Essas equipes, como tantas outras, são times de empresários que formam o elenco com 17/18 atletas deles. Para completar o elenco, e tão só para completar o elenco, recorrem a Clubes como o Atlético que, agindo como otários, os emprestam gratuitamente e ainda pagando os seus salários durante o empréstimo. Na hora de escalar o time quem joga e vai para o banco? – os atletas dos empresários, claro. Os emprestados atleticano só mesmo numa emergência. Findo o empréstimo retornam tais atletas com o moral lá embaixo pois o mais que alcançaram foi lá vez ou outra esquentar o banco de reservas.

Daí entendo corretíssimos o Técnico e o Presidente em não saírem alucinados as compras. À exceção da lateral direita temos dois ou mais atletas para cada posição (muitos da base) e se não for para contratar alguém desenganadamente bem melhor do que já temos, melhor ficar e prestigiar o que temos.

Sei que muitos torcedores estão ansiosos por contratações mas, hão de concordar comigo, que se for para contratar novos Pimentel, Kleberson, Edmilson, Gabriel… que é o que há de disponível na praça, melhor manter os que aí já estão e prestigiar os juniores.

Lembrando que o Ricardinho que andou emprestado ao Dallas, Japão, por último Ponte Preta, está de retorno e é outro que aí está a merecer uma chance, mas chance mesmo, não entrar de quando em quando nos últimos 15 minutos. Pela característica e versatilidade do referido atleta não era o caso dar-lhe uma chance na nossa precária lateral direita, jogando como jogava o Wesley com o Antonio Lopes ou o Fernandinho com o Levir Culpi?



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