Heber Roberto Lopes apita o clássico Atletiba
Nesta segunda foi definido o trio de arbitragem encarregado de comandar o clássico Atletiba da próxima quarta, e a escolha já era esperada pela torcida. Não pelos auxiliares, Bruno Boschilia e José Carlos Dias Passos, mas sim pelo árbitro que possui a sorte de ser tantas vezes sorteado para o jogo de maior rivalidade do Paraná: Heber Roberto Lopes será o árbitro principal.
O árbitro londrinense tem um longo histórico de erros prejudiciais ao Atlético, principalmente em jogos contra o Coritiba. A revolta e a preocupação da torcida e do clube com as arbitragens parciais de Heber levaram, inclusive, a um pedido de substituição do árbitro no ano passado, além de uma nota de repúdio lançada no site oficial em uma temporada anterior.
Na relação abaixo, a Furacao.com relembra a atuação ruim de Heber Roberto em 19 jogos do Atlético ao longo dos últimos anos.
Em Atletiba, a situação é ainda mais grave. Heber apitou onze clássicos. Com seu apito, o Coritiba ganhou sete, houve três empates e o Atlético só conseguiu uma mísera vitória num jogo que acabou valendo o título para o alviverde na final de 2008.
Estatísticas
A comparação com os números de todos os Atletibas realizados no mesmo período evidencia o peso do “fator Heber”. Desconsiderando os clássicos apitados por Heber, houve 36 Atletibas neste período, com 13 vitórias do Atlético, 10 empates e 13 vitórias do Coritiba. Ou seja, equilíbrio absoluto.
Mas basta acrescentar os Atletibas de Heber e a balança despenca para um lado: 43 jogos, 14 vitórias do Atlético, 13 empates e 17 vitórias dos coxas (a relação pode ser conferida aqui).
Decisivo
Os números causam estranheza. Mas o desempenho do árbitro nas partidas é ainda mais chocante. Os resultados de todos os Atletibas com Heber Roberto Lopes no apito foram satisfatórios ao Coritiba. A única vitória do Atlético de nada adiantou, já que o Coritiba ficou com o título pelo saldo de gols. Dos oito jogos, cinco eram decisivos e em todos eles o Atlético perdeu.
Em 99, na semifinal do Estadual, Heber apitou a vitória do Coritiba por 2 a 1 e o Atlético foi eliminado nesta fase. Em 2004, ele apitou Coritiba 2 x 1 Atlético e o Coritiba foi campeão. No ano seguinte, apitou o primeiro jogo da final, o Coritiba venceu, mas com arbitragem diferente no jogo decisivo o Furacão ficou com o título. Em 2008, ele apitou os dois jogos da final: vitória do Coxa no primeiro e a única do Atlético no segundo.
Relembre abaixo como foi a atuação de Heber Roberto Lopes em jogos do Atlético:
Campeonato Brasileiro – (27/08/2011) – Coritiba 1 x 1 Atlético
A bola foi cruzada para a área do Coritiba e o zagueiro Jeci tocou com a mão na bola. O então técnico Renato Gaúcho reclamou do toque com o árbitro que, sem pestanejar, expulsou o treinador ainda no primeiro tempo do clássico.
Campeonato Paranaense – (20/02/2011) Coritiba 4 x 2 Atlético
No primeiro Atletiba do ano o coxa esteve melhor, em especial na primeira etapa ao abrir 3 X 0 , mas o Atlético buscou o resultado e chegou a diminuir para 3 X 2 quando Heber passou a minar o Furacão, não marcou um pênalti claro em Paulinho e expulsou Guerron numa suposta agressão que ninguém viu e nem as câmeras de tv flagraram. O Coritiba ainda fez mais um gol e venceu o clássico.
Campeonato Paranaense – (16/01/11) – Atlético 1 x 2 Arapongas
No primeiro jogo da temporada, Heber Roberto Lopes cometeu muitas falhas. Chegou a marcar um impedimento de Madson depois de a bola ter sido tocada por um jogador do Arapongas. Também não marcou pênalti para o Atlético em um lance no qual um defensor do time adversário colocou a mão na bola dentro da área. Deixou de dar faltas claras ao Atlético e mostrou cartão amarelo para os meias Paulo Baier e Branquinho, que reclamaram dos erros.
Campeonato Paranaense – (05/03/09) – Atlético 2 x 1 Iraty
O árbitro anulou um gol legítimo de Rafael Moura quando o jogo estava 1 a 1. Durante toda a partida, Héber chamou a atenção pelas cenas espalhafatosas e quase artísticas em campo. Gestos irônicos acompanharam o árbitro durane a maior parte do jogo. No final, Rafael Moura levou um tapa do zagueiro Diogo, do Iraty, mas acabou sendo expulso junto com o agressor – depois, foi absolvido pelo TJD, comprovando que a decisão de Heber foi equivocada. O técnico Geninho reclamou da arbitragem.
Campeonato Brasileiro – (30/06/07) – Paraná 2 x 2 Atlético
Heber expulsou o zagueiro atleticano Danilo logo aos 36 minutos de jogo. Mesmo com um a menos, o Furacão arrancou o empate.
Campeonato Paranaense – (22/04/07) – Atlético 1 x 3 Paraná
Mais uma vez, Heber Roberto Lopes deixou de marcar um pênalti claro para o Atlético. Marcão foi derrubado na área e ainda levou um cartão amarelo do árbitro. Aos 37 minutos, mais uma vez ele expulsou um jogador do Atlético: Netinho. Ao final do jogo, o técnico Vadão resumiu a atuação de Heber: “O que teve influência foi a arbitragem, no primeiro tempo, tivemos dois lances onde fomos agredidos sem bola, o bandeira não viu, o árbitro não viu, ninguém viu. Ele não deu pênalti no Marcão e amarelou o Marcão. Minou o tempo todo. Eu coloquei ele como melhor árbitro, mas esteve totalmente fora e teve influência sim. No campeonato, vim com calma, com tranquilidade e foi visível que a arbitragem influenciou”.
Campeonato Paranaense – (11/02/07) – Atlético 2 x 2 Coritiba
A arbitragem de Heber foi péssima. Ele deixou o jogo correr com muitas faltas por parte dos coxa-brancas, que apelaram dessa estratégia para parar o ataque atleticano. Aos 19 minutos, o lance mais polêmico de toda a partida. Na cobrança de escanteio para o Coritiba, o árbitro viu o zagueiro Danilo segurando Henrique e assinalou o pênalti. Na cobrança, Edmilson fez 1 a 0 para o Coxa. Vale ressaltar que lances de jogadores se segurando dentro da área foram comuns durante todo o restante da partida, mas o árbitro não utilizou o mesmo critério (e rigor) para marcar as outras faltas.
Campeonato Brasileiro – (28/10/06) Atlético 4 x 0 Paraná Clube
O chocolate rubro-negro poderia ter sido maior se Heber Roberto Lopes não houvesse sonegado mais um pênalti ao Atlético. Aos 12 do segundo tempo, Denis Marques foi derrubado na área, mas a falta não foi assinalada. Além disso, o árbitro deixou de expulsar o goleiro Flávio, do Paraná. Ferreira foi lançado, driblou o goleiro Flávio (que era o último homem) e foi derrubado. Heber advertiu o goleiro apenas com o cartão amarelo.
Campeonato Paranaense – (05/03/06) Cianorte 1 x 5 Atlético
Desta vez, a implicância foi fora de campo. Heber Roberto Lopes não deixou que o intéprete e auxiliar do então técnico Lothar Matthäus ficasse no banco de reservas. Posteriormente, foi repreendido publicamente pelo diretor de arbitragem, Afonso Vitor de Oliveira.
Campeonato Paranaense – (11/01/06) – Galo Maringá 0 x 2 Atlético
No início do segundo tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Heber marcou um tiro livre indireto contra o Rubro-Negro pelo fato de o goleiro Tiago Cardoso supostamente ter ficado por mais de seis segundos com a bola. Mesmo com a ajuda, o Galo não conseguiu empatar.
Campeonato Paranaense – (10/04/05) – Coritiba 1 x 0 Atlético
Heber Roberto Lopes deixou de assinalar um pênalti claro os 18 minutos do primeiro tempo. Denis Marques fez boa jogada pelo lado direito do ataque e cruzou a bola para Aloísio. Na confusão na área, o zagueiro Miranda tocou com a mão na bola, recuando-a para o goleiro Fernando. O claro lance de pênalti foi visto pelas mais de 15 mil pessoas presentes no Pinheirão e pelas milhares de pessoas que acompanharam à partida pela televisão. Só Heber não viu e não marcou.
Campeonato Paranaense – (26/03/05) – Atlético 4 x 0 Roma
Aos 39 minutos do primeiro tempo, quando o Atlético vencia por 1 a 0, Denis Marques cruzou e um zagueiro do Roma desviou com o braço. O árbitro Heber Roberto Lopes não marcou o pênalti. Aos 36 do segundo tempo, Maciel foi derrubado na área e sofreu pênalti – novamente não assinalado pelo árbitro.
Campeonato Paranaense – (23/02/05) – Francisco Beltrão 2 x 3 Atlético
O segundo gol do Beltrão saiu depois de uma ajuda do árbitro Heber Roberto Lopes. Batista se jogou na área e foi anotado o pênalti. Luizinho Cascavel bateu e converteu. Ainda bem que o Furacão já havia feito três gols na primeira etapa.
Campeonato Paranaense – (10/04/04) – Coritiba 2 x 1 Atlético
Heber expulsou o volante atleticano Vanderson aos 15 minutos do primeiro tempo (o jogador não tinha recebido sequer o amarelo). Posteriormente, Vanderson foi absolvido por unanimidade no Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná. Com um homem a mais, o Coritiba venceu o jogo por 2 a 1. Um ano depois, o árbitro reconheceu os erros cometidos contra o Rubro-Negro. “Eu paguei caro em outros Atletibas em que eu entrei queimando cartão amarelo, de forma incorreta, e depois aconteceram muitas expulsões. Então, a gente ganha experiência e melhora”, afirmou.
Campeonato Paranaense – (08/02/04) – Atlético 3 x 0 Paraná Clube
Mesmo com o massacre atleticano (foi o jogo em que Washington marcou o “gol da vida”), Heber não passou em branco. O Atlético vencia por 1 a 0 quando Ilan foi derrubado na área. O árbitro não só não marcou o pênalti como também mostrou o cartão amarelo para o atacante.
Campeonato Paranaense – (02/06/02) – Paraná 4 x 1 Atlético – Vila Capanema
Como havia vencido o primeiro jogo por 6 a 1, o Atlético não precisava se preocupar muito com a segunda partida da final do Campeonato Paranaense. Mesmo assim, Heber não passou em branco: quando o Paraná vencia por 1 a 0, expulsou um zagueiro paranista e o artilheiro Alex Mineiro, depois de o atacante atleticano ter sido agredido.
Campeonato Brasileiro – (06/10/01) – Atlético 1 x 1 Paraná Clube – Baixada
Mudou o adversário, mas não o estilo da arbitragem. O Furacão saiu na frente com um gol de Rogério Corrêa, mas Lucio Flávio empatou no final do primeiro tempo. Novamente, Heber expulsou um jogador atleticano. Desta vez, o escolhido foi o lateral Alessandro. Mas o apito mais prejudicial ocorreu no final do jogo, quando o árbitro anulou um gol legítimo de Gustavo. As imagens da televisão mostraram que não havia impedimento.
Campeonato Paranaense – (11/02/01) – Coritiba 2 x 0 Atlético – Couto Pereira
Heber expulsou três atleticanos: Milton do Ó, Fabiano e Alessandro. As duas primeiras expulsões foram absolutamente excessivas, logo no início da partida, prejudicando tremendamente o Furacão. Alessandro, que era um dos melhores em campo, foi expulso já no final da partida, depois de revidar a uma das inúmeras agressões dos coxas. Depois de muito pressionar, e contando com a vantagem numérica, o Coritiba venceu por 2 a 0, com gols aos 31 e aos 38 do segundo tempo.
Campeonato Paranaense – (13/06/99) – Atlético 1 x 2 Coritiba – Pinheirão
Heber Roberto Lopes expulsou o volante atleticano Renato e iniciou a longa série de Atletibas em que impediu a vitória rubro-negra.