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Ricardo Teixeira anunciou hoje a saída da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) depois de 23 anos. A decisão de afastamento do cartola, genro de João Havelange, ex-presidente da FIFA, aconteceu menos de uma semana após pedido de licença médica.

Em uma carta de renúncia lida pelo novo presidente da entidade, José Maria Marin, Teixeira atribuiu a saída às críticas recebidas, sobretudo após denúncias de jornalistas ingleses de suposto envolvimento dele e de Havelange em um esquema que facilitaria a negociação de cotas de TV relativas à Copa do Mundo em troca de propina.

Em sua passagem, Teixeira criou a Copa do Brasil e alcançou os títulos mundias em 1994 e 2002. O mandato também foi marcado por polêmicas, como a antecipação das eleições para presidência da CBF de 1992, impedindo os clubes de votarem, e as CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) do Futebol em 2000 e 2001. Ricardo Teixeira também é presidente do COL – Comitê Olímpico Local – da Copa de 2014, cargo que também deve renunciar.

Apesar da saída do mandatário, novas eleições devem acontecer apenas após a realização da Copa do Mundo de 2014.