Se…
No texto ‘Idolatria só uma: ao Atlético! Nunca a dirigentes!’, embora sem mencionar meu nome o Dr. Oto L. Spnholz Jr. diverge de opinião que aqui lancei. Ao contrário da maioria dos que aqui de mim divergem, fê-lo com cordura e lhaneza o que é natural sendo quem é e filho de quem é.
Não conheço Dr. Oto Jr. mas tenho a honra de conhecer seu pai desde os tempos em que eu, acadêmico, trabalhava na Justiça Federal, (idos 78/81) e ele, já renomado advogado lá de quando comparecia. Enquanto o atendia, tinha especial estima em fazê-lo, havia sempre um espaço para cornetagem ao Atlético, claro. Não raro o Dr. Licio Bley Vieira, Juiz Federal e grande atleticano deixava seu gabinete e unia-se para também dar seus pitacos.
Tornando ao tema, Dr. Oto Jr. diverge do teor de minha opinião do dia 18 último (‘Esclarecimentos’) na parte que atribuo ao Sr. MCP a principal responsabilidade pelo rebaixamento, mercê de suas estripulias mil no último ano da anterior gestão, adrede planeada a desestabilizar o que já estava capenga.
Afirma Dr. Oto Júnior:
‘Se, eventualmente, essas influências externas tivessem ocorrido (no condicional, porque não se tem certeza de nada) o dirigente que teria tido seu trabalho ‘ameaçado’, deveria, por óbvio, ter convocado entrevistas, ter informado a imprensa, os sócios e demais interessados …’
Ouso dissentir de sua discordância,caro Oto. Mas a condicional ‘se’ e o advérbio de dúvida ‘eventualmente’ não cabem no parágrafo.
Afinal: a) criação do ‘cap4ever’; b) idem da ASSOCAP ; c) idem do ‘Observatório CAP’ – todos com o propósito de bombardear a então Diretoria; d) patrocínio de torcida organizada, conhecida por suas arruaças, para hostilizarem o Presidente; e) abaixo-assinado para pedido de renúncia; f) idem para pedido de impeachment: g) divulgação de salários (e ainda,fictícios) para estimular atritos no elenco que já tinha suas rusgas…
É tudo verdade sabida, são fatos notórios e irrefutáveis (deixemos de fora, como no meu texto deixei, boatos de aliciamento e boatos outros). Nos apeguemos aos fatos antes elencados, apenas, sobre os quais não há o menor requício de dúvida. E aí, irreverssível a ilação de que nas diatribes de MCP a causa principal do rebaixamento (principal, não única).
Noutro ponto, concordo com o articulista quando diz no mesmo parágrafo que a Diretoria deveria ter tomado as providências que sugere. Mas aí de acordo estamos todos de que firmeza e determinação não eram os pontos fortes da então Diretoria.
Até tiveram tal iniciativa em dado momento logo após o rompimento quando o então Presidente Malucelli denunciou o ‘ESCÂNDALO CAPA’ e o ‘BALCÃO DE NEGÓCIOS DE MCP’.
Mas Petraglia então foi ao Judiciário sentindo-se afetado em sua honra o que parece ter inibido MM de novas denúncias, lamentavelmente. Só lembrando que tal litígio judicial teve desfecho recente em la. instância e Petraglia sucumbiu, como de praxe.
E concordo também com o Dr. Oto Jr. quando eloquente exclama: ‘Idolatria a dirigentes, nunca!’
Pois é isto exatamente que tenho pregado nesta minha faina inglória de desintoxicação e desescravização da idolatria petragliana. E é por isso que uma vez mais encerro louvando-me no evangelho de Zaratustra: ‘escravos da idolatria petragliana! guardai-vos do culto ao tirano’.