26 abr 2012 - 12h44

Hoje é Dia do Goleiro

“Amigos, eis a verdade eterna do futebol: o único responsável é o goleiro, ao passo que outros, todos os outros, são uns irresponsáveis natos e hereditários. Um atacante, um médio e mesmo um zagueiro podem falhar. Podem falhar e falham vinte, trinta vezes, num único jogo. Só o arqueiro tem que ser infalível. Um lapso do arqueiro pode significar um frango, um gol e, numa palavra, a derrota”.

Assim disse Nelson Rodrigues, grande cronista esportivo nos anos 50, a respeito da dura vida de goleiro, posição que tem sua data comemorada neste 26 de abril. O dia foi criado para homenagear tantos arqueiros que fizeram história no futebol nacional, os quais desafiam diariamente a missão de defenderem suas metas com muita responsabilidade.

De acordo com o jornalista Paulo Guilherme, autor do livro “Goleiros – Heróis e anti-heróis da camisa 1”, a ideia de se criar a data partiu do tenente Raul Carlesso e do capitão Reginaldo Pontes Bielinski, professores da Escola de Educação Física do Exército do Rio de Janeiro, na metade dos anos 70.

E o Furacão foi pródigo em ter bons goleiros no curso de sua história. Não à toa, seu centro de treinamentos, tido como o melhor e mais moderno do Brasil chama-se CT do Caju, homenagem ao maior goleiro da história atleticana e um dos maiores ídolos do clube em todos os tempos.

Caju, “A Majestade do Arco”, foi sucedido por Laio, “A Fortaleza Voadora”. Teve ainda o Atlético grandes goleiros como Picasso, Altevir e num passado não tão longínquo o “Mão de Anjo” Roberto Costa, único atleta da posição a conquistar a Bola de Ouro da Revista Placar.

Depois dele, Rafael Camarota, que brilhou tanto no Atlético como no Coritiba ajudando na conquista do maior título do rival em 1985, passando por Marola, exímio pegador de pênaltis e campeoníssimo até chegarmos em Gilmar com seus “mullets” voadores numa época de vacas magras.

Nos anos 90, coube a Ricardo Pinto resgatar a mística da camisa atleticana tornando-se um dos ídolos recentes de maior identificação com a torcida atleticana e teve como seu sucessor o “Pantera” Flávio, simplesmente o atleta que mais vezes foi campeão pelo Furacão (Paranaense 98, 00, 01 e 02, Seletiva 99 e Brasileiros B 1995 e A 2001).

Formando bons goleiros ou trazendo destaques como Diego, que foi vice-campeão brasileiro e das Américas em 2004 e 2005 respectivamente, tem hoje o Furacão, passado um período de incertezas, a garantia de ter na meta bons valores vindos do próprio CT do Caju. Neto foi outra cria do CT do Caju sendo titular incontestável durante a boa campanha rubro-negra em 2010.

Neste 26 de abril, dia do goleiro, fica a homenagem de toda a nação atleticana aos goleiros que por aqui passaram e que, de uma maneira ou de outra, mantiveram e mantém a tradição de ser o Atlético uma escola de grandes arqueiros através dos tempos.

Colaboração: Juarez Villela Filho e Monique Silva



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