Monique Silva

Fernandão, novo jogador do Atlético apresentado nesta terça-feira (08), é o 12º atacante a integrar o Furacão, que já conta com Bruno Furlan, Bruno Mineiro, Edigar Junio, Guerrón, Léo Mineiro, Marcelo, Morro García, Nieto, Patrick, Taiberson e Ricardinho. Porém, apenas Bruno Mineiro e Nieto se assemelham às suas características, jogando mais na área como referência.

Em 28 partidas disputadas em 2012, entre Campeonato Paranaense e Copa do Brasil, nada menos que 14 jogadores já passaram pelo ataque atleticano: Bruno Mineiro, Bruno Furlan, Edigar Junio, Guerrón, Léo Mineiro, Manoel, Marcelo, Marcinho, Morro García, Nieto, Pablo, Patrick, Ricardinho e Taiberson. Destaque para o zagueiro Manoel, que chegou a se aventurar no ataque na partida contra o Corinthians-PR.

Confira abaixo os números* e análises dos 14 jogadores:

Bruno Mineiro – 22 jogos (19 Campeonato Paranaense e 3 pela Copa do Brasil) e 12 gols (todos pelo Campeonato Paranaense)
Retornando de empréstimo, o atacante começou o ano fazendo gols em todas as partidas, mas depois amargou sete partidas sem balançar as redes. Ficou um mês afastado da equipe depois de machucar a boca no jogo contra o Toledo e voltou à equipe em grande estilo: marcou três dos quatro gols na partida que encerrou o segundo turno do Paranaense, diante do Paranavaí, além do tento assinalado na primeira partida da final contra o Coritiba, no último domingo. Agora, soma 12 gols e está apenas um atrás para se tornar o artilheiro do Estadual junto com o atacante Baiano, do Operário.

Bruno Furlan – 20 jogos (18 Paranaense – 2 Copa do Brasil) e 6 gols (todos pelo Paranaense)
Revelado pelo Atlético em 2010, Bruno Furlan reestreou na partida contra o Rio Branco, no dia 29 de janeiro. Mostrando força e bom chute de fora da área, vem disputando espaço no ataque atleticano.

Edigar Junio – 13 jogos (9 Paranaense – 4 Copa do Brasil) e 4 gols (3 Paranaense – 1 Copa do Brasil)
Começou o ano correndo atrás de uma chance no time de Carrasco. Quando conseguiu uma nova oportunidade, não decepcionou. Retornou fazendo gols e parece ter lugar cativo na escalação dos torcedores atleticanos. Recentemente, sofreu uma entorse no tornozelo durante a primeira partida contra o Cruzeiro (onde assinalou o único gol do jogo) e desfalcou a equipe contra o Coritiba, no último domingo.

Guerrón – 11 jogos (7 Campeonato Paranaense – 4 Copa do Brasil) e 11 gols (5 Paranaense – 6 Copa do Brasil)
O equatoriano não começou o ano bem. Ficou afastado do elenco e pediu para treinar em separado enquanto resolvia sua situação com o Atlético. Depois de uma conversa franca com a diretoria do clube, o jogador foi reintegrado, começou a fazer gols e dar assistências, sendo peça fundamental no time de Juan Carrasco. Seus melhores momentos foram nas partidas diante do Criciúma, quando marcou seis gols. Porém, foi expulso na partida contra o Coritiba, ainda pelo segundo turno do Paranaense, e desfalcou a equipe na primeira final, realizada no último domingo. Esperança de gols na partida de volta contra o Cruzeiro, Guerrón tem lugar garantido na grande final no próximo final de semana, diante do Coritiba, no Couto.

Léo Mineiro – 3 jogos (3 Paranaense) e nenhum gol
O atacante que veio do América-MG atuou em três partidas e não agradou a comissão técnica, muito menos a torcida atleticana. Passou a treinar com a equipe Sub-23 e não foi mais relacionado para nenhuma partida da equipe principal.

Manoel – 25 jogos (20 Paranaense – 5 Copa do Brasil) e dois gols (2 Paranaense)
Até o xerifão da zaga rubro-negra foi testado no ataque atleticano. A improvisação aconteceu durante o empate com o Corinthians-PR, no dia 8 de abril, quando Carrasco colocou o jogador no lugar de Ricardinho. Lateral jogando como volante, volante como zagueiro e zagueiro e atacante como lateral, desta vez teve zagueiro jogando como atacante.

Marcelo – 9 jogos (9 Paranaense) e 1 gol (1 Paranaense)
Voltando de empréstimo do Vitória, Marcelo começou o ano muito bem. Porém, acabou se lesionando, voltou à equipe com as lesões de Ricardinho e Bruno Furlan, mas novamente uma grave lesão no joelho sofrida na derrota para o Londrina impediu sua sequência na equipe. Mesmo recuperado, chegou a treinar com o Sub-23 e recentemente participou de alguns treinos com o grupo principal. Porém, continua não aparecendo nem entre os reservas nas partidas do Furacão.

Marcinho – 21 jogos (17 Paranaense – 4 Copa do Brasil) e 5 gols (4 Paranaense – 1 Copa do Brasil)
O experiente jogador começou o ano como meio-campo, mas não foi bem. Quando deslocado para o ataque já estava começando a irritar a torcida quando fez gols e deu assistências, principalmente em razão da então má fase de Bruno Mineiro. Continua como incógnita na preferência da torcida atleticana.

Morro García – 2 jogos (Campeonato Paranaense) e nenhum gol
O uruguaio só teve duas chances em 2012 e voltou para o Sub-23, onde participa de treinos e amistosos. Sabe-se que o jogador tem uma lesão crônica no pé, cuja cirurgia não foi ainda descartada. Em recente entrevista, o diretor de futebol Sandro Orlandelli disse que aposta na recuperação do jogador, mas que o mesmo se encontra “em um momento mais delicado”, mas que o clube acredita no potencial do jogador

Nieto – 6 jogos (5 Paranaense – 1 Copa do Brasil) e nenhum gol
Situação parecida com a de Morro García, porém, Nieto teve mais oportunidade, principalmente nas primeiras partidas do Atlético na temporada. Sua última aparição com a camisa rubro-negra foi diante do Sampaio Corrêa, há dois meses atrás. O argentino treina atualmente na equipe Sub-23.

Pablo – 16 jogos (15 Paranaense – 1 Copa do Brasil) e nenhum gol
Atacante de origem, Pablo é mais uma das improvisações de Carrasco e atuou em 14 partidas como lateral-direita na temporada. Em duas delas, diante do Iraty e Paranavaí, o jogador atuou como atacante, mas não anotou nenhum gol.

Patrick – 3 jogos (3 Copa do Brasil) e um gol (1 Copa do Brasil)
Patrick chegou ao Atlético em março e foi direto para o Sub-23. Agradou o técnico Carrasco e ganhou chance na equipe principal, atuando em três partidas até aqui. Como não foi inscrito no Paranaense, disputou os jogos pela Copa do Brasil, estreou pelo Criciúma e atuou como titular em apenas uma delas – a última, na vitória sobre o Cruzeiro, na semana passada.

Ricardinho – 16 jogos (15 Paranaense – 1 Copa do Brasil) e 3 gols (3 Paranaense)
Ricardinho voltou ao Atlético em 2012 e foi o autor do primeiro gol da equipe na temporada, diante do Londrina. Com grande força de vontade, se encaixou bem no esquema de Carrasco, atuando pelo lado esquerdo. Porém, passou a atuar de forma mais recuada em alguns jogos e não foi bem. Ficou algumas semanas afastado com dores na clavícula, que ainda incomodam o jogador. Voltou a jogar, mas vem sendo substituído nas partidas.

Taiberson – 2 jogos (2 Paranaense) e nenhum gol
Destaque da boa campanha do Atlético na Copa São Paulo de Juniores no início deste ano, Taiberson ganhou duas chances na equipe atleticana nas últimas semanas. Estreou contra o Paranavaí, na última partida do segundo turno, e e entrou no intervalo do primeiro Atletiba decisivo das finais do Campeonato Paranaense, demonstrando boa movimentação em campo e empolgando a torcida atleticana.

* números do jornalista esportivo Miguel Locatelli