Punição para o jogador e para o árbitro
A entrada que o jogador Souza deu no Héracles não foi só uma entrada desleal, faltosa ou desrespeitosa ao colega futebolista como ele. Foi uma agressão violenta, causando ao atleta lesões corporais e no mínimo passível de termo circunstanciado.
A lesão ficou bem demonstrada quando Héracles levantou a camisa rasgada pela ação contundente, uma extensa equimose abrangendo a região do hipocondrio direito (abaixo da costela, alguns conhecem como ‘vazio’).
Esta região é delicadíssima, abrange o fígado, vias biliares e também o plexo solar. Existe um tipo de morte chamada ‘morte por inibição’ descrita nos compêndios de Medicina Legal. Se estabelece um reflexo inibitório, chamado reflexo vagal, que atinge o coração e a pessoa vai a óbito imediatamente.
Confesso que temi pela vida de Héracles, todos que viram o jogo notaram como o atleta ficou grogue, quase desfaleceu e por um milagre mesmo, recuperou-se sem sequelas.
O Atlético deveria formalizar expediente junto à CBF no sentido de punir exemplarmente o jogador do Cruzeiro e de quebra dar um gancho neste juiz. Onde já se viu tamanha contemporização. Não dando a falta e não expulsando o Souza, o juiz beneficiaria o infrator, pois naquele momento em que o jogador do CAP estava grogue, era mais do que certo que Héracles não apresentava a menor possibilidade de retornar; deixaria o Atlético com menos um, igualando os times e facilitando o trabalho do Cruzeiro que naquela altura dos acontecimentos bastavam mais 2 gols para a classificação.
Héracles foi um exemplo de raça ontem. Ressalto que não sou admirador de seu futebol, mas, tal como Gabriel Marques no primeiro jogo contra o Cruzeiro mostrou valentia incomum defendendo as cores do Furacão.
Por falar nos atletas acho que se destacaram com muita raça e técnica: Cleberson (foi bem o moleque), Manoel, Deivid, Alan Bahia, e principalmente os gringos Guerrón e Ligüera.