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29 maio 2012 - 19h46

Carrasco – Seus Altos e Baixos

Alguns sites de notícias divulgaram nesta semana uma avaliação (ou seria autoavaliação) do trabalho do Carrasco até o momento, onde ressalta-se 70% de aproveitamento.

Ora, a análise realizada deveria ser qualitativa e não quantitativa, avaliando as circunstâncias das poucas derrotas e empates até o momento, mas que custaram o título paranaense (não somente pelos jogos finais) e uma vaga na CB.

Os resultados negativos tiveram, influência direta de escalações equivocadas e substituições que em raros momentos melhoraram o rendimento do time, e quando aconteceu foi para corrigir erros de escalação.

Só para citar apenas dois exemplos: Contra o Cianorte, 2×0 Atlético, sai Harrison, final 2×2. Alguns podem afirmar, mas era início do trabalho, porém o padrão continua o mesmo até o momento.

O jogo contra o Palmeiras foi ridículo, eram 7 jogadores dando chutões para outros 3 no ataque, com limitações que todos conhecem. Um time que precisava da vitória e que conseguiu dar 1 chute a gol em 90 minutos (entenda-se no gol e não pra linha de fundo).

Por outro lado, esse mesmo Carrasco conseguiu dar uma ‘cara de time’ a um Atlético desfigurado e sem perspectiva, e fez o torcedor acreditar, mesmo sem os recursos prometidos pela diretoria. Vejam, 5 meses se passaram e quase todas as posições possuem carências.

E conseguiu essa façanha com uma proposta de jogo, que priorizava o ataque, a velocidade e a marcação no campo do adversário. Quando utilizou jogadores com caracteristicas adequadas ao esquema obteve sucesso, mas quando inventou fracassou em jogos fáceis, deixando a impressão (na verdade mais do que impressão) de um buraco no meio de campo, e em muitas vezes não perdeu pela fragilidade do adversário.

Hoje o discurso de ofensividade se esvaziou, e o Atlético virou um time mais do que comum. Com dois atacantes perdeu o título e a vaga para o Palmeiras sem esboçar reação.

Alguém pode lembrar, que com 3 atacantes foi goleado pela escória verde, mas devem também lembrar que o terceiro atacante estava jogando na meia. Outros podem lembrar, que com 2 atacantes goleou o Joinvile, mas num jogo em que o sub-23 ganharia.

Ainda acredito no Carrasco, mesmo porque não vejo outro no Brasil em melhores condições, mas deve haver uma reflexão de sua parte, para resgatar o bom futebol demonstrado em várias oportunidades, pelo esquema ofensivo e pela manutenção de jogadores aptos ao esquema, e que fizeram o torcedor por alguns momentos, esquecer as mazelas do rebaixamento.



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