Demitir o Carrasco. E daí?
Os reclames têm sido uma constante contra a atuação do treinador uruguaio, principalmente após a derrota para o famigerado time do CRB, sábado, em Maceió.
Sempre fui da turma dos comedidos, vacinado contra o radicalismo de alguns mais exaltados, mas confesso que não estou conseguindo processar esta ausência de padrão da equipe atleticana e as consequentes mudanças na escalação.
Quando do início dos trabalhos em janeiro, e especialmente durante campeonato paranaense, a imposição do 4.3.3 até foi bem assimilada pelo grupo, e, o rodízio de jogadores que envergavam a camisa titular até possuía um certo conteúdo motivacional.
E se antes, na derrota contra o Boa de Varginha, a conotação foi a do deficiente preparo físico, agora se pode perceber que não era bem isto.
O onze que jogou contra o alvi-rubro alagoano foi mal composto para a partida. E ainda pior ficou com as mudanças formuladas pelo Carrasco.
E a imagem do treinador cabisbaixo um pouco antes do término da peleja foi desalentadora. Também as informações de divergência do Ricardinho, ausência do Guerrón e os ‘descansos’ do Paulo Baier são bem esquisitas.
A conclusão plausível nesta ordem das coisas é que ou os jogadores cansaram do comando platino ou alguém anda interferindo no trabalho do cara, pois a estória de jogar para empatar (e era o CRB, crendiospai !) foi dose pra cavalo !!! Fosse lá o América/MG do Givanildo…ainda passava !
Com três zagueiros (um Bruno Costa que nem sei como ainda está aí), um Manoel que se imagina meia ou lateral e abandona a defesa; Gabriel Marques que nem sabia se marcava ou apoiava, ou seja, não estava lá; Héracles e Deivid perdidos naquele bando, Liguera sem qualquer outro meia para trabalhar a bola, e os três centroavantes (Adam, Bruno e Fernandão) foram bater cabeça com a zagueirada nordestina. Cleberson, Furlan, Edigar Junio e Rodolfo só compuseram a tragédia.
Digo que a partida contra o Goiás (a segunda que os goianos verdes farão pelo sul) será o divisor de águas do Juan Manuel e sua turma cisplatina em nosso Atlético.
Gostaria de estar enganado mas, seria bom o Carrasco – se quer permanecer mesmo – restabelecer o padrão tático que havia adestrado os atletas que estão aí.
Encaixar os melhores, efetivamente, coisa que com uma pequena variação aqui ou ali, qualquer atleticano sabe.
E fixar uma equipe titular e suas respectivas opções. Futebol feito de modo simples.
Em todo o caso, o mercado não oferece opções interessantes disponíveis, ou alguém arrisca palpite que algum treineiro sairá da A para a B sem enormes garantias contra o risco Atlético ?
Nesta linha, se a opção for pelo gosto do Presidente, temo que que à saída de JMCarrasco, nomes e figuras exóticas como Mário Sérgio, Casemiro Mior, Leão, Vagner Benazzi ou até Mauro Ovelha (Caxias/RS) possam assumam o CAP.
Em todo o caso, já que opinar não é proibido, vejo dois nomes à altura e envergadura do Furacão, com chances de fazer trabalho que queremos: Branco (lateral da seleção campeã em 94) e Andrade (campeão pelo Flamengo como jogador e técnico em 2009). Seriam minhas apostas.