Técnico e comissão técnica
Mais uma vez começamos um campeonato brasileiro com o pé esquerdo. Não bastasse jogar fora um trabalho de quase 1 semestre, contrata-se um técnico sem expressão que o momento atual exigeria.
Não sou fã do Carrasco, meus textos anteriores também criticavam as suas invencionices, mas no início do trabalho como técnico do Atlético o uruguaio surpreendeu favoravelmente.
Esquema ofensivo, 4-3-3 independentemente se jogava em Curitiba ou fora de casa. Recuperou alguns jogadores, inclusive motivou o retorno de Guerron e diversas jogadas agudas partiam das pontas criando várias situações de gols, muitos não concretizados por incompetência de Bruno Mineiro, Fernandão e Patrick.
Inexplicavelmente chegou o brasileirão e mudou nossa maneira de jogar, culminando com o circo de horrores do último sábado.
Só posso encontrar explicação na atitude dos superiores hierárquicos do Carrasco, cite-se Sandro Orlandelli que interferiram no trabalho do técnico ‘sugerindo’ mudar para um esquema mais cauteloso quando fôsse jogar fora de casa, como se Boa e CRB fossem um Vasco ou um Santos.
Agindo assim Carrasco não mostrou personalidade, dançou conforme a música e o resultado está aí. Acredito que a sugestão do Orlandelli se deu em razão da queda de produção do time nos segundos tempos das partidas, quando o Atlético já cansado perdia o meio-campo e o adversário invariavelmente empurrava o combalido Furacão.
Parece que as coisas não mudarão muito, pois contrataram um técnico sem experiência em competições maiores e não terá autonomia suficiente para dirigir a equipe.
Será que o seu auxiliar técnico é competente? E o que se pode esperar do novo preparador físico? Vai começar um trabalho no meio do campeonato?
Sempre fui um otimista, mas agora estou desanimando. Quando Renato Gaúcho foi contratado, ano passado, tive uma estranha sensação talvez um presságio e escrevi no Fala que com Gaúcho o Atlético seria rebaixado. Não deu outra. Agora semelhante sentimento toma conta de minha alma.
Falta de planejamento, desorganização e incompetência. Já estamos cansados de ver essa rotina grassando os destinos do Furacão.
Não me venham os acólitos do Petraglia escreverem aqui embaixo no Facebook que o mesmo vai reconduzir nosso time à 1a. divisão, que Petraglia nunca deixa de cumprir uma promessa, etc.
Ele é sim responsável por tudo que está acontecendo e o momento é crítico. Confio ainda que terminaremos a Arena da Baixada, essa será a única alegria nos próximos anos. Time de futebol, com técnico e comissão técnica de primeira grandeza ainda vai demorar muito.
Estou cético, mas continuo sócio e pretendo apoiar sempre meu Atlético.