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14 jun 2012 - 15h37

Drubscky, o ‘come quieto’!

O laboratório social do Clube Atlético Paranaense, ministrado pelas mídias sociais, agitou-se ontem à noite e amanheceu em polvorosa na manhã de hoje: Carrasco caiu e em seu lugar veio o Ricardo Drubscky, ou melhor, o tuiteiro @ricardodrubscky, que de ontem para hoje teve o número de seguidores e acessos multiplicados sobremaneira.

Muito bom que ele goste da rede. Só espero que não desista de compartilhar conosco logo após as primeiras “porradas” que levará.

Devem tê-lo avisado sobre como funciona o laboratório CAP. Devem ter-lhe dito que os atleticanos são um bando de doidos, apaixonados, malucos, e que dentre eles há alguns mais loucos que os demais, tão loucos que continuam pagando suas mensalidades em dia, mesmo sem ter uma casa própria para poder ver o objeto de desejo e amor comuns. É dos valores pagos por esses agitadores que sairão os salários a serem pagos ao técnico Drubscky.

De Carrasco todos têm um pouco, e de louco muitos têm não de pouco. Só um louco toparia pegar uma “naba” como essa que o Drubscky pegou. Antes mesmo de assumir seu posto, já o chamavam de “Drurys”, pode isso? (risos).

A nação explodiu de descontentamento, salvo raríssimas exceções dentre as quais eu me incluo. Os irados dizem que Petraglia fez um teste, que não era hora pra isso, que ele deveria agora gastar milhõe$$ pra trazer um técnico renomado (?).

O que seria um técnico renomado? Talvez um treinador que recebesse um novo nome? Alguém que tivesse na certidão de nascimento outro nome após retificação averbada em algum Ofício de Registro Civil? (risos).

Alguns acham que o Petraglia devia ter trazido o Mourinho (modestos né?). Outros gostariam de ter um treinador do perfil do Renato Gaúcho – grande craque do futevôlei carioca – amante das boas praias do Rio e de belas mulheres que circulam pela passarela divina. Aqui ele seria improdutivo, falastrão, e não saberíamos como lidar com o banzo do Renato Gaúcho (risos). Ah, e por “quatrocentinho” por mês.

Ouvi de alguns que deveríamos ter trazido o Geninho. Nesse caso as tilápias do tanque do CT ficariam tristes, ah, e a grama do CT não gostaria de ser usada como pista de corrida de carrinho (risos).

Acreditem, houve quem desejasse o Lothar Matthäus. Nesse caso as meninas que cobrem o futebol da aldeia ficariam felizes. Pelo menos elas (risos).

E o que dizer dos outros que desejaram o Delegado Antonio Lopes? Nesse caso quem ficaria muito triste seria o Osmar Antonio. Por quê? Ele correria o risco de ser “algemado”. Ele, “Masfugiu” e o Airton Cordeiro correriam esse risco. Até que seria interessante ver essa cena (risos).

Brincadeiras à parte, agora falando sério: o Petraglia finalmente acertou. Na mosca. O nosso treinador, o “Drurys”, mais conhecido como Ricardo Drubscky, tem o perfil ideal para liderar nosso time na segunda divisão.

Além de conhecer bem a nossa base, ele gosta de trabalhar com gente jovem (ufa, chega de medalhões empacados de outros lugares vindo pra cá). E mais, ele é um estudioso. Gosto de treinador com esse perfil. Ele subiu da série D com o Tupy, e fez um bom trabalho no carioca desse ano com o Volta Redonda.

Nada deve ser estático. O mundo do futebol sofre frequentes mutações. Elas ocorrem com uma velocidade incrível no futebol, e quem não se atualizar, dançará (vide Muricy que tomou um “vareio” do Barcelona).

Muricy também chegou a ser citado nas cornetadas do laboratório CAP. Até que seria legal vê-lo nas entrevistas respondendo às perguntas inteligentíssimas dos cronistas aqui de Curitiba (risos dobrados).

Antes de fazer do nosso Drubscky um Judas a ser malhado, como fizeram ontem e hoje na internet, eu sugiro a todos os seres viventes do Laboratório CAP que aguardem um pouco mais para malhá-lo. Vamos ver o seu trabalho. Nessa hora em que precisamos subir, é importantíssimo que nos mantenhamos focados no objetivo único de todos os atleticanos: subir para a divisão de elite, voltar ao lugar de onde nunca devíamos ter saído.

Não se deixem enganar pelo senso comum pregado nas mídias sociais. Vocês conhecem o trabalho dele? Já o viram trabalhar? Foram em busca de referências do que ele tem feito nos últimos anos? Como tem trabalhado?

Eu não entro nessa pira incendiária. Não quero ver o circo pegar fogo. Também não me iludo com treinadores que tiveram seus nomes retificados em ofícios de registro civil. Se nome pesado fosse determinante para alguma coisa, o hipopótamo não viveria na lama (Putz, essa foi “pá cabᔠo hoje cheio de elucubrações).

Lembrei-me há pouco da propaganda inteligentíssima lançada há muito tempo: Drurys, o “come quieto”. Ricardo Drubsky é mineiro, vem com cara de mineiro, comendo pelas “beradas”. Tenho certeza absoluta de que queimará a língua de todos os apressadinhos do imenso Laboratório CAP.

Vamos dar um tempo ao técnico que está chegando. A não ser que vocês tenham bolas de cristal, exatamente como as que alguns colunistas da imprensa verde têm. Sejamos mais inteligentes, sensatos e menos ácidos.

Seja bem-vindo, Ricardo Drubscky, ou @ricardodrubscky, ou ainda o nosso popular “Drurys”. Vá se acostumando, e boas vitórias nesse difícil campeonato brasileiro da Série B. No sábado estarei em Paranaguá. Todos estaremos “de olho em você”. Boa sorte, bom trabalho, muito suor, e que Deus ilumine o seu trabalho!



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