Petraglia, quanto o Atlético deve a você?
Em um exercício de pensamento, vamos imaginar que nunca existiu Mario Celso Petraglia na história do Atlético. Nunca seríamos campeões brasileiros? Nunca teríamos um estádio compatível com a grandeza da nossa torcida? Nunca disputaríamos uma Libertadores da América? Seríamos para sempre um time pequeno, com meias rasgadas, jogando em um estádio acanhado e sem projeção nacional? Será que não existem outros atleticanos competentes e capazes?
Não pretendo diminuir os feitos de MCP. Seu lugar na história já está registrado como um grande presidente que foi, porém a torcida atleticana não pode ser ‘refém emocional’ deste presidente. Não pode oferecer a paixão de todos nós para uma pessoa ser o seu dono, onde qualquer questionamento é tomado como traição ao deus rubro negro, que tudo pode e tudo faz.
Não temos complexo de vira latas como diria Nelson Rodrigues. O nosso destino era ser grande, fosse pelas mãos de Mario Celso, ou fosse pelas mãos de outro presidente rubro.
O ponto onde quero chegar, é dizer que o Furacão não tem dono. Petraglia não tem carta branca para fazer ‘gato e sapato’ do nosso clube. Ele não é o único ser pensante da Baixada e tem obrigação de dar satisfação à torcida, principalmente se levarmos em conta as suas promessas de campanha.
Já passou da hora de vermos alguma ousadia e competência no departamento de futebol. O cavalo que chega atrasado no riacho, bebe água barrenta. Parece que esta lição ainda não foi aprendida. Vamos empurrando com a barriga na hora de qualificar o elenco, contratamos jogadores às pencas para fazer peneirão e quando a coisa aperta, só nos restam os refugos.
Temos o direito e mais do que isso, o dever de cobrar respeito com a camisa rubro negra, e isso não é traição ou heresia…