Free Rafael!
Não fumo. Na verdade, tenho uma alergia braba de cigarro. Coça a barba, a orelha, o nariz escorre, enfim, fico virado. Iniciei minha carreira como professor de Geografia em 2006 e, num dos colégios que lecionei naquele ano, encontrei com um professor de Português, atleticano, topetudo e fumante.
Tínhamos pouca coisa em comum (me perdoe a ‘boiolagem’ Rafael), mas o Atlético e a mania de gostar de belas mulheres fortaleceu o coleguismo corporativo. Eu, um não fumante, acompanhava meu amigo Rafael Lemos nos 15 minutos de intervalo, lá por volta das 10 da matina, num cantinho fora da escola, para que ele pudesse acabar com mais um tubo de nicotina. Nessa rotina diária de conversa sobre Atlético, mulheres e cerveja, aprendi que Rafael tem opinião forte e, em boa parte das vezes, embasada pela lógica do coração, da alma. Alma de atleticano.
O primeiro texto que escrevi nesse espaço, também em 2006, foi divulgado por ele aos 4 ventos. Exagerado, profetizou que nascia ali um grande escritor atleticano. Exagero puro. Rafael puro.
Faz 6 anos que não o vejo. A cada ano bissexto trocamos e-mails e marcamos uma cerveja que nunca ocorre. Quem mandou sermos pobres. Já brigamos virtualmente. E resolvemos também virtualmente. TUDO por conta de nosso amor pelo CAP.
Considero Rafael Lemos o cara que melhor consegue colocar no papel seus sentimentos pelo Furacão. Sentimentos, que quase sempre inexplicáveis, pelas mãos dele quase fazem sentido.
Não concordo com muitas colunas escritas por Rafael, mas as admiro, pela coragem, pelo texto e pela ironia. Por conhecer o Rafael minimamente posso afirmar: Rafael Lemos é o mais louco e o mais sábio escritor rubro-negro da atualidade.
Fica tranquilo, meu amigo. O tempo não para (essa nova ortografia deixou essa última frase sem graça…).