O indesculpável pecado de Malucelli e Geara
Apregoam os sabujos de MCP que o semestre calamitoso de 2.012 é consequência da gestão anterior.
Já não mais exclusivo de Malucelli, mas de toda a cúpula. É o que se observa de comentário de um dos mais fanáticos idólatras do tirano sem tino, atribuindo a Dona Iara Eisenbach, ex segundo vice-presidente, o malogro pelo desenlace da novela ‘estádio para jogar’.
Enquanto em alguns discípulos de Míster Falácia assistimos despertar lampejos de lucidez e principiarem dar mão à palmatória, em outros tanto o desespero somado a cegueira da idolatria conduzem caminho inverso. Assim, o subscritor do infeliz comentário que parece esquecer de todas as trapalhadas e patacoadas do ‘Mais Que Perfeito’ na condução do episódio, para ladrar que tudo deveria ter sido solucionado ainda no ano passado pela mencionada Diretora.
A culpa, então, é de D.Iara, vocifera o marionete ensandecido, em nada original transferência de culpa para as mulheres. Velha desculpa, tão velha como Adão ao pretender se eximir de sua desobediência perante Deus; ‘A mulher que me deste, ela me deu da árvore’ (Gn. 3:12).
Redimo o Sr. Malucelli (e, extensivamente, Geara) de todas as culpas que lhe são atribuidas por marionetes e comensais. Menos uma! Exatamente aquela gravíssima decorrente de ato pecaminoso e do qual, curiosamente, jamais foram incriminados.
Me refiro ao impensado ato de, idos de setembro/2008, terem aceitados ambos assumirem o Clube, compactuando com o covarde expediente de renúncia de que se valeu e se beneficiou o destito.
Tivessem Malucelli e Geara ali, logo após aquele flagelo de Goiania, se recusado assumirem o Clube para ‘livrar a cara’ de MCP e a história do Atlético teria sido bem diferente.
Recordemos! após aquela goleada no Serra Dourada, o rebaixamento em 2008 parecia inevitável. Não apenas pela posição na tabela, mas também pelo clima de absoluto desalento que reinava (aliás, clima de beligerância parece lugar comum onde MCP presente).
O treinador era Pontes de Paiva o ‘gênio incompreendido’ do Sr Petraglia, mas abominado pela torcida.
O decesso era iminente, mas havia uma réstia de esperança: Geninho, o técnico campeão de 2.001, único capaz de pacificar a torcida, oxigenar o ambiente, trazer alento e esperança.
Mas Geninho era inflexível. Com MCP no comando, não aceitava sequer conversar. Lançou-se mão do expediente: Petraglia renunciou; Malucelli e Geara assumiram; Pontes de Paiva demitido; Geninho e Moraci Santana contratados.
Com trabalho, competência, PAZ e SERENIDADE (estado de espírito impossível num ambiente com Mister Falácia) e boa dose de sorte, escapamos do rebaixamento.
Aí consiste o indesculpável pecado de Malucelli e Geara. Tivessem eles, naquela oportunidade se recusado assumirem, obrigariam Petraglia permanecer, com Pontes de Paiva ou não.
Certo é que Geninho não viria, a paz também não, a esperança idem, o milagre não aconteceria…, sobrevindo o rebaixamento inevitável com duas ou tres rodadas antes de findo o campeonato.
O mito maldito estaria enterrado; eleições no final do ano aconteceriam, conforme aconteceram, só que desinfectas do déspota; os atleticanos unidos provavelmente em chapa única (provavelmente com o Reitor).
Unidos e em paz, disputaríamos a série B em 2009 retornando com folga para a primeira divisão do ano seguinte, onde hoje certamente estaríamos.
A idéia mirabolante de se subjugar subsubsede para a Copa sepultada, e com ela a extravagante e faraônica Arena/Fifa.
A Arena/Atlético, Estádio Joaquim Américo, este sim estaria concluido. Capacidade para 40 mil pessoas, nela estariamos jogando e nela jamais teríamos deixado de jogar, com aproximados 30 mil sócio contribuindo com suas mensalidade.
Nela, uma nova e moderna cobertura provavelmente estaria concluida, ou em avançada fase de mudança gradativa conforme os recursos. Assim também a troca para cadeiras retráteis seria gradativa de acordo com as possibilidades.
Não haveria necessidade de novos vestiários ante o espaço e o conforto dos atuais (estes, agora se tornarão obsoletos ante a exigência de novos mais luxuosos (e dispendiosos) que suite da rainha da Inglaterra. Idem os sanitários para uso dos torcedores.
Não se teria que derrubar meia dúzia de torres e reconstrui-las tão apenas para eliminar 4 ou 5 dezenas de pontos cego. Qual a estimativa dessa despesa?
Lembrando que as torres, tal como construidas, dão maior robustez a obra e sustentabilidade para a cobertura.
Não se gastaria uma fortuna com nova sala de imprensa em formato oval e l.500 metros quadrados. A atual, espaçosa e confortável já é além da necessidade e do que merece nossa laboriosa imprensa.
Não haveria necessidade de assumir um empréstimo de 138 milhões junto ao BNDS; nem a dívida de 14 milhões com desapropriações de áreas supérfluas; nem os encargos desse ‘Potencial Construtivo’ do qual só os encargos são conhecidos – o benefício é uma incógnita, tanto pode ser dinheiro de pródigo como moeda de ávaro.
Para não falar nas despesas e na iniquidade do rebaixamento do campo em 20 centímetros …
Eis aí, pois, Senhores Marcos Malucelli e Gláucio Geara, o indesculpável pecado de Vossas Senhorias.