Se há dois meses o Corinthians tivesse contratado Tiago Adan junto ao Arapongas. Se na mesma data o Atlético tivesse contratado Romarinho ao Bragantino. O que teria acontecido?

É possível que hoje Tiago estivesse vivendo os momentos de glória de Romarinho. É bem possível. Já Romarinho, por sua vez, no Atlético, com toda certeza seria apenas mais um na multidão de atacantes.

Ora no banco de reserva do time principal, ora na arquibancada batendo palmas para Fernandão, ora jogando amistoso pelo sub-23 contra Tabú de Clevelândia… , e por aí estaria indo nesse não ata nem desata, tal qual Ricardinho, Marcelo, Bruno Furlan, Taiberson, Pablo, o próprio Tiago Adan, Edigar Junio …

Se um dia escalado no time principal e, findo o primeiro tempo não tivesse feito pelo menos um gol já teria recebido o vaticínio: não presta! No intervalo, ficaria no vestiário.

O problema do Atlético não é fundamentalmente a falta de reforços, até porque melhores do que temos difícil agora disponível no mercado e, encontrados, difícil convencê-los virem pois, com certeza, exatamente por serem melhores dos que já temos, terão proposta da Série A e do exterior.

O nosso problema não são reforços, é o clima. O clima que aí me reporto não são as condições metereológicas, seja a atmosfera instável de Curitiba ou o calor litorâneo de Paranaguá.

Clima que me refiro é o ambiente de insegurança, de intrigas, discórdia, atritos, perfídias… enfim, todo esse conjunto de fatores deletérios que envolvem e circundam a presença e os atos dessa unidade da densidade demográfica que tem as iniciais MCP (me recuso qualificá-lo senhor, cidadão ou mesmo indivíduo).

Todos o sabemos, já inclusive os seus vassalos aduladores de até 10 dias, alguns mais corajosos até nesse espaço comparecendo para dar mão à palmatória, a maioria ainda reticente recolhendo-se ao silêncio, abrigo natural das almas conformadas.

No clima atual, reforços não resolverão. Qual a solução? Simples. Mudar o clima, purificando o ambiente, desinfetando-o, desintoxicando-o.