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4 jul 2012 - 17h47

Critério de (in)justiça da CBF

Hoje, 04 de julho de 2012, não se assiste outra coisa nos noticiários televisivos que não se refira ao jogo do Corinthians na final da Libertadores da América no estádio do Pacaembu, o qual, por sua vez, possui capacidade para 37.952 pessoas, segundo o site da Prefeitura Municipal de São Paulo. Em 2005, como todos sabem perfeitamente, fomos impedidos de fazer um dos jogos da final da mesma competição em nosso estádio em razão do mesmo não ter capacidade para 40.000 pessoas. Na época consultei o regulamento da Conmebol para saber o critério para aprovação da praça esportiva. Referido regulamento afirma que a escolha e aprovação do estádio fica a critério da entidade nacional que regula o futebol local, desde que atenda a capacidade mínima. Na época o Atlético improvisou as arquibancadas moduláveis, a exemplo do que o fizera o São Caetano anteriormente com a aprovação da CBF no Anacleto Campanela. No entanto, como a nossa decisão era contra um dos ‘queridinhos’ da CBF, fomos impedidos, indo jogar no distante Beira-Rio. Agradecimentos ao Inter por nos acolher, contudo, fomos profundamente prejudicados pela entidade que deveria ser imparcial.

Agora o Corinthians vai fazer a final da mesma competição em um estádio com capacidade menor que 40.000 lugares, novamente com a concordância da CBF. É revoltante assistirmos essa injustiça calados e a mídia afirmando a todo instante que o Corinthians é o Brasil na final. Discordo, pois sou brasileiro e afirmo que esses órgãos de imprensa de São Paulo e Rio de Janeiro em conluio com a CBF não contribuem em absolutamente nada para o desenvolvimento do futebol brasileiro, mas para favorecer a formação de cartéis incluindo alguns dirigentes de equipes desses estados. Basta ver que dirigentes da CBF são invariavelmente paulistas ou cariocas ligados a clubes desses estados. Nada contra paulistas e cariocas, dado o espírito empreendedor e irreverente dessas sociedades, mas a CBF merecia uma reforma profunda a fim de promover verdadeiramente o bem do futebol brasileiro e impedir qualquer arbitrariedade, parcialidade e injustiça contra TODOS os Clubes brasileiros e não beneficiar apenas aqueles ligados aos seus dirigentes, conforme estamos assistindo no momento.



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