5 jul 2012 - 13h01

Ex-atleticano busca título na Suburbana

Os campos são esburacados, a estrutura precária e os jogadores algumas vezes não aparentam estar na melhor forma física, mas nem por isso a Suburbana deixa de ter seu charme.

Nesse sábado (07), 12 clubes entram em campo para iniciar a disputa de quem será o campeão amador do futebol de Curitiba. A competição é considerada uma das melhores do futebol não profissional de todo o país, tanto no aspecto técnico como na organização. A Federação Paranaense de Futebol é quem comanda tudo. Nessa semana as agremiações estão correndo contra o tempo para registrar seus jogadores no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF, para que eles ganhem condição de jogo.

As equipes têm torcida que fazem bastante barulho nos acanhados estádios localizados nos bairros de cada time. Os jogadores, na maioria dos casos não andam de carrões com belas mulheres ao seu lado. Pelo contrário, são pais de família que trabalham durante toda a semana e mesmo assim encontram disposição para atuar nos sábados e domingo. Os treinos geralmente ocorrem de noite, em alguns dias da semana.

Alguns desses atletas já são veteranos e participam há muito tempo. Alguns deles, inclusive se dividem entre o futebol profissional e o amador. As fichas técnicas das partidas revelam que alguns já aturam em equipes do interior do estado. Também há aqueles que participaram das divisões de base dos clubes da capital, mas sem conseguirem se profissionalizar.

O Trieste é um dos clubes que se destaca. A equipe de Santa Felicidade conta com uma estrutura de dar inveja a muitas equipes do futebol brasileiro e poderá inclusive alojar alguma seleção na Copa de 2014 em suas instalações. Atualmente, o clube cede jogadores para grandes clubes do futebol brasileiro e do futebol europeu inclusive. O goleiro Lucas Covolan, no Sub-23 do Furacão, é um deles. O atleta teve até mesmo convocações para as seleções de base quando atuava no Vasco.

Entre os que participam da competição, também há jogadores que já foram profissionais, mas que ao encerrarem a carreira, decidiram aceitar o desafio de um dos clubes envolvidos no torneio. O lateral-direita Luisinho Netto é um deles.

Vestindo a camisa rubro-negra, o jogador conquistou a Copa Paraná, a Seletiva para a Libertadores e os estaduais de 2000 e 2002. Na maior competição do continente marcou história com a camisa do Furacão ao marcar o primeiro gol atleticano na disputa, contra o Alianza Lima. Também foi protagonista da goleada do Atlético sobre o Coritiba na Seletiva, quando cobrou com maestria uma falta próxima da grande área.

O ex-jogador está pela segunda temporada seguida no futebol amador. No ano passado ele ajudou o Bairro Alto a conquistar o torneio. Nesse ano acertou sua transferência para a equipe do Iguaçu. “Comecei a minha carreira no futebol amador, onde atuei por cinco anos. Isso me ajuda muito hoje”, afirma.

Em relação ao período que foi jogador profissional, Luisinho comenta que isso o ajuda muito. “Dentro de campo uso tempo passar a minha experiência para os mais novos. Também conheço os atalhos e ajudo a cadenciar o jogo quando é necessário”. Sobre o nível do jogo, o atleticano comenta que são situações distintas. “É um jogo diferente do profissional, com muito mais contato”.

O fato de ser um ex-profissional jogando com amadores é encarado com naturalidade. “Muitas vezes alguns chegam mais duro, mas eu sei lidar com isso. Também há aqueles que respeitam e pedem para tirar fotografias no final da partida”, comenta.

Além de Lusinho, outros ex-profissionais do Furacão já participaram da Suburbana. Em anos anteriores, Leomar, Reginaldo Vital, Renaldo, Nem e Roberto Costa demonstraram seus talentos no futebol amador. Único jogador a participar das três Libertadores que o Atlético disputou, Cocito tem propostas e ainda não definiu se aceita disputar o torneio.



Últimas Notícias

Brasileiro

Fazendo contas

Há pouco mais de um mês o Athletico tinha 31 pontos, estava há 5 da zona de rebaixamento e tinha ainda 12 partidas para fazer.…

Notícias

Em ritmo de finados

As mais de 40 mil vozes que acabaram batendo o novo recorde de público no eterno estádio Joaquim Américo não foram suficientes para fazer com…

Brasileiro

Maldito Pacto

Maldito pacto… Maldito pacto que nos conduz há mais de 100 anos. Maldito pacto que nos forjou na dificuldade, que nos fez superar grandes desafios,…