Neto: Se eu voltasse no tempo faria tudo igual
Norberto Murara Neto, ou simplesmente Neto foi revelado para o futebol brasileiro vestindo a camisa rubro-negra. No segundo semestre de 2009, Galatto levou o terceiro cartão amarelo e teve que ficar de fora da partida contra o Grêmio Barueri.
Neto ganhou a oportunidade e não desapontou. É bem verdade que na sua estreia não teve muito trabalho, mas o arqueiro deixou uma boa impressão para todos que acompanharam a vitória do Furacão, por 3 a 0.
No início da temporada seguinte, Galatto foi negociado com o futebol búlgaro e Neto recebeu a oportunidade de assumir a camisa 1 do Furacão. Após um primeiro semestre conturbado para toda a equipe, o elenco se recuperou e terminou o Brasileirão entre os cinco melhores.
Na reta final da competição Neto já havia sido convocado para a seleção brasileira principal. Com o encerramento da temporada, a Fiorentina demonstrou interesse no atleta e ele seguiu para o Velho Continente.
Nessa terça-feira Neto se apresenta ao grupo da seleção brasileira que começa sua preparação para os Jogos Olímpicos.
Confira abaixo a entrevista exclusiva:
No período em que vestiu a camisa número 1 do Atlético, qual considera o melhor momento ? Alguma defesa marcante?
Acredito que todos os momentos foram muito bons. Pude aproveitar bem todos, podendo aprender e crescer nos momentos difíceis que passei para poder colher depois.
No início de 2009 você era reserva do Atlético, recém saído dos juniores. Pouco mais de um ano mais tarde, era titular do Furacão e foi chamado pela primeira vez para a Seleção Brasileira. Inegavelmente as coisas aconteceram de maneira muito rápida. Como fez para lidar com a pressão que passou a existir em cima de você?
Eu tive sorte de ter uma família que sempre me ajudou a manter a cabeça boa. Eu lutei muito para poder chegar longe na minha carreira e quando as coisas começaram a acontecer para mim, eu não podia perder a oportunidade.
Você recebeu a primeira oportunidade de jogar na Arena profissionalmente contra o Barueri. Antônio Lopes era o treinador. Ao longo de sua extensa carreira, Lopes tem um histórico muito positivo no lançamento de jovens promessas. A maneira como ele trabalha com os menos experientes é completamente diferente dos demais técnicos?
Acho que não. A única diferença é que ele não pensa duas vezes, se tiver que colocar um jogador mais jovem ele coloca sem problema algum, até porque os jovens só podem crescer jogando.
Falando especificamente sobre a sua posição, o que os preparadores de goleiros europeus trabalham de diferente dos profissionais brasileiros do setor?
A técnica é muito diferente, o que é muito bom pois podemos aprender mais e agregar com o que já sabemos, podendo evoluir cada vez mais.
O futebol brasileiro vive um momento diferente. Vários clubes estão repatriando jogadores de nível elevadíssimo, além de grandes atletas estarem ficando aqui por mais tempo. Pensa que sua ida para o Velho Continente foi acertada? Tem planos para voltar ao futebol brasileiro e/ou já recebeu alguma proposta?
Sem dúvida nenhuma, se eu voltasse no tempo faria tudo igual. Inicialmente não penso em retornar não, mas não cabe a nós decidirmos isso. Procuro fazer a minha parte sempre bem feita porque com certeza um trabalho bem feito será reconhecido no fim.
O que o pessoal comenta na Europa sobre a Copa que será realizada no Brasil?
As pessoas tem uma expectativa muito grande, até porque sabem do calor da torcida e do povo brasileiro
Apesar de ainda não ter estreado, qual foi o maior aprendizado que as convocações deixaram para sua carreira?
Me ajudaram a crescer muito profissionalmente, além da alegria que é poder estar na seleção do nosso país.
Gostaria de deixar um recado final para a torcida rubro-negra?
Espero que a torcida possa dar toda a força possível para que o Atlético possa sair dessa situação e retornar ao seu lugar, que é a primeira divisão do futebol brasileiro.
O goleiro aproveitou e pediu que seus os torcedores curtam sua página no facebook para que se mantenham informados sobre as novidades em sua carreira.