Leandro Saboia

Depois do jogo contra o Avaí, nesta terça (17), na Ressacada, que marcou a segunda vitória do Furacão fora de casa e a terceira consecutiva na competição, o técnico Jorginho foi ovacionado pela torcida, que gritou seu nome das arquibancadas. Na entrevista coletiva concedida à imprensa, porém, Jorginho foi humilde e preferiu dar créditos ao grupo de jogadores que, segundo ele, tem se empenhado ao máximo para buscar o acesso à Série A:

“Olha, eu acho o seguinte: as estrelas são sempre os atletas. Eu tenho uma concepção, eu, desculpa os outros, mas eu tenho a concepção: eu só perco. Quem ganha são os atletas. Eles têm todo o mérito, eles é que têm que ser exaltados, eles é que têm que tirar foto, eles é que tem que ter programa esportivo, porque eles são os maiores astros. É com eles que o Clube ganha dinheiro, retorno, pra que possa dar continuidade. Nós damos um caminho. Nós tentamos dar o melhor caminho da experiência daquilo que nós temos de aprendizado de futebol. Então não tem que bater palma pro Jorge, mesmo porque o Jorge não é sozinho: tem o Anderson, tem o Omar, tem o Seu Zequinha, tem os médicos todos, tem o pessoal da rouparia, tem o pessoal da administração, nós somos um conjunto também. Então não adianta só o Jorge, tem que gritar o nome de todo mundo. Aí não daria tempo, né? Então é mais fácil gritar o nome dos atletas, eu prefiro isso porque sei que os mais importantes são eles”, disse.

Questionado sobre a avaliação que faz sobre o Atlético depois de cinco jogos à frente da equipe, o comandante rubro-negro disse que está indo bem, mas ainda tem muito para melhorar e pediu calma para que possa fazer os ajustes necessários:

“Nem repetimos, né? Porque voltou o Ricardo, né? E depois, no final, na saída do Ricardo foi que ficou o time que iniciou lá. Mas tem que ter calma, ainda não é… está sendo bom, mas não é as mil maravilhas. Nós queremos melhorar. Nós temos necessidade de melhora. Por que nós temos necessidade de melhora? Como eu falei pra eles no vestiário: ‘só isso não adianta’. Nós temos que cada dia matarmos um leão. Nós ainda não somos uma equipe que, diremos assim, oh, nós vamos entrar em campo e vamos conseguir o resultado. Nós estamos lutando muito, estamos tendo muita dificuldade. Infelizmente tem alguns erros, alguns erros graves que nós precisamos corrigir; não está tendo tempo, infelizmente, é… quando tiver o tempo nós também temos que pensar no descanso deles. Foi uma mudança muito drástica de trabalho físico e técnico do que estava para o que é agora. Então alguns atletas vão sentir. É tudo isso… é normal, agora isso não pode tampar o Sol com a peneira. Nós temos alguns erros que nós temos que corrigi-los e melhorar a cada dia a qualidade nossa”, afirmou.