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23 jul 2012 - 15h28

Futebol de Praia

Creio que muitos aqui já tiveram a oportunidade de jogar uma pelada na praia, em campos de areião, onde a dificuldade de trocar passes e até mesmo de tentar um drible, faz com que a zagueirada tentem a ligação direta para não complicar atrás, e ‘ver no que dá’ lá na frente.

Ver o Atlético jogar ultimamente, tem me lembrado muito o futebol de praia, com a diferença que na praia a maioria das jogadas acontecem pelo alto, e no Atlético há lançamentos por baixo também, porém executado por zagueiros e volantes, e não por quem entende da função.

Infelizmente o time não tem um setor de criação, pois atua apenas com um meia armador e ainda mal posicionado, enfiado no meio da zaga adversária, motivo pelo qual o futebol do Paulo Baier sumiu a ponto de ter gente querendo aposentá-lo.

O 4-3-3 do Jorginho não torna o time ofensivo, mesmo agora com laterais que apoiam, pois a bola não é trabalhada com qualidade para os atacantes, que por sua vez apresentam extrema limitação técnica, disperdiçando as poucas oportunidades REAIS de gol, e mantendo ao adversário com mais posse de bola.

Vejo como uma incoerência a presença de 3 atacantes, pois é o setor mais frágil em termos de qualidade técnica, enquanto que para o setor de armação há o Paulo Baier, Linguera e Harrison. Todos desde que corretamente posicionados e com uma sequência de jogos, possivelmente darão melhor resultado porque são melhores que os atacantes. É uma questão de comparação.

Vejam o caso do Ricardinho, é o jogador do ‘quase’, quase acerta um passe, quase acerta um drible, quase acerta uma finalização e quase sempre arruma um contra ataque para o adversário.

Por outro lado o João Paulo, na minha modesta opinião, se mostrou uma boa contratação, porém ele é segundo volante e os seu futebol cresce quando em companhia de um primeiro volante forte na marcação, função esta que sempre foi bem executada quando o Deivid era incumbido apenas de marcar. Por consequência, há um aumento da posse de bola e maior qualidade no início das jogadas.

Ainda acredito que o Jorginho conseguirá encontrar o time e o esquema ideal, mas há a necessidade de ser mais ágil nas tomadas de decisão, e ser preciso nas intervenções, caso contrário ficará muito tarde para uma reação.



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